Bolsas atrasadas no politécnico de Viseu
O colectivo do ensino superior de Viseu da JCP considera que actualmente se atravessa um período em que se sente as consequências da política educativa do Governo. E dá exemplos.
«É agora mais
claro para todos os estudantes que o pagamento de propinas em
nada aumentou a qualidade do ensino», considera lembrando que
«com os sucessivos cortes no financiamento, o Governo tem
transferido cada vez mais para os estudantes e suas famílias o
suporte económico daquilo que deve ser uma responsabilidade do
Estado».
Por outro lado, os cortes nas verbas da acção social escolar
têm penalizado os estudantes dos politécnicos.
Esta situação verifica-se nomeadamente no Instituto
Politécnico de Viseu, onde só na quinta-feira passada foram
pagas as bolsas de estudo de Janeiro. «Havendo quem dependa das
bolsas para se manterem no superior, assistia-se já a
situações de desespero, com estudantes sem qualquer dinheiro»,
denuncia a JCP.
Perante isto, a organização de Viseu reclama o rápido
pagamento dos meses de Fevereiro e Março e alerta para os graves
prejuízos que traz à estabilidade dos estudantes.
A JCP lembra que, na discussão do Orçamento de Estado, o grupo
parlamentar do PCP apresentou a proposta de incluir 10 mil contos
no Piddac para a construção da sede da Federação Académica
de Viseu. O PS votou contra, impedindo a sua concretização.