5.ª Assembleia
de Organização de Braga quer reforçar
o número de eleitos nas próximas autárquicas
Dar
mais voz às populações
Com a presença de 250 delegados, realizou-se
recentemente a 5.ª Assembleia da Organização Regional de Braga
que debateu a actividade do Partido no distrito, traçou as
linhas de acção futura e elegeu a nova Direcção Regional.
A Assembleia,
reunida em Braga, discutiu ainda o reforço da intervenção
política dos comunistas nos próximos anos e as questões de
organização partidária e do trabalho de direcção.
O trabalho de preparação das eleições autárquicas de 2001
foi sublinhado, de entre as linhas de orientação para o
reforço do PCP, como uma das mais importantes batalhas a travar,
tendo a Assembleia aprovado como objectivos do distrito concorrer
a todos os órgãos municipais, aumentar o número de listas para
as Assembleias de Freguesia, reforçar a presença de eleitos
comunistas nos órgãos de freguesia, assim como o número geral
de eleitos e de mandatos nas autarquias do distrito, e obter
novas maiorias e presidências de Juntas.
A Resolução Política aprovada traça a situação da
organização e aborda as questões de direcção, apontando
medidas para a renovação, rejuvenescimento e fortalecimento do
Partido.
Por outro lado, em Manifesto à população, a Assembleia lembra
que o distrito de Braga é o que apresenta os salários mais
baixos do País, onde o patronato, com a cobertura do Governo,
boicota a contratação colectiva de trabalho e procura que os
trabalhadores abdiquem de direitos alcançados como contrapartida
à concessão de aumentos salariais ridículos.
Assim, a realização de uma campanha pela elevação dos
salários na região, pela estabilidade do emprego e pelo
fortalecimento do combate à precariedade laboral, foi
considerada uma outra grande prioridade da acção dos
comunistas.
Custos elevados
No Manifesto, a
organização de Braga do PCP, analisando ainda as questões
políticas e sociais, a política do Governo e as perspectivas de
luta, considera que quatro meses após as eleições
legislativas, o Governo do PS e a sua maioria na Assembleia da
República prosseguem as orientações políticas dos últimos
anos, que se têm traduzido por elevados custos políticos,
económicos e sociais para a população e para o desenvolvimento
do distrito. Entretanto, a eleição de um deputado da CDU pelo
distrito e a intensa actividade por si desenvolvida na defesa dos
interesses da população, foram aspectos que a Assembleia
realçou como muito positivos.
«Hoje, os trabalhadores, a parte mais significativa da economia
do distrito, na agricultura, indústria, comércio e serviços,
os reformados, a cultura e o ambiente, em geral, os mais
atingidos pelas injustiças e desigualdades económicas e
sociais, pelas arbitrariedades e discriminações, sabem já que
têm uma voz na Assembleia da República que não se cala»,
afirma o Manifesto, apelando à luta do povo do distrito contra a
política de direita do Governo.
Os delegados presentes na Assembleia aprovaram ainda dois apelos:
um dirigido aos trabalhadores para a sua participação nas
acções promovidas pelas estruturas sindicais, nas
comemorações do 25 de Abril e do 1.º de Maio e outro dirigido
«às mulheres e a todos aqueles que se identificam com os ideais
de justiça social, de paz e democracia», para que se mobilizem
e participem na Marcha Nacional Contra a Pobreza e Exclusão
Social que se realiza no dia 7 de Outubro, em Lisboa.
Por fim, a Assembleia elegeu uma nova Direcção Regional e um
Conselho Regional, constituídos respectivamente por 22 e 55
membros.