Professores acamparam pela estabilidade
Um grupo de professores e dirigentes da Fenprof estiveram simbolicamente acampados, quinta e sexta-feira, junto à sede da presidência portuguesa da União Europeia, para protestar contra a precariedade de emprego no ensino.
Com esta acção
pretenderam lembrar aos participantes na Cimeira que cerca de 20
mil professores e educadores têm um vínculo precário ao
ensino, correndo o risco de ficar desempregados sem terem direito
a receber subsídio de desemprego. Manuel Grilo, dirigente da
Federação Nacional dos Professores, disse à Lusa que a
situação dos professores contratados está exactamente na
mesma, apesar das promessas do Ministério da Educação. O
projecto de diploma para a atribuição de subsídio de
desemprego aos professores continua na Assembleia da República.
Quanto à possibilidade de vinculação dos professores com mais
de dois anos de serviço, reivindicada pela Fenprof, o
Ministério continua a rejeitá-la, acrescentou. A Fenprof
critica o facto de o Governo manter estes professores em
condições de grande instabilidade laboral, quando Portugal tem
um dos mais baixos índices de sucesso escolar.
Uma fonte do Ministério da Educação disse à agência que o
diploma governamental sobre o subsídio de desemprego para os
professores se encontra já na Presidência da República, para
promulgação, esperando o ME que esse diploma entre em vigor
antes de na AR ser sujeito a votação o projecto de lei que ali
se encontra, da autoria do PCP, que procura responder às
críticas dos professores quanto ao texto do Governo.