Carreira da Acção Social Escolar
Urge corrigir injustiça



Os trabalhadores das carreiras atípicas da Universidade do Algarve estão a ser alvo de uma profunda injustiça quer no plano do seu estatuto quer da remuneração.

A denúncia partiu do Grupo Parlamentar do PCP, após visita dos deputados Margarida Botelho e Vicente Merendas àquele estabelecimento de ensino, no decorrer da qual constataram que o pessoal da Acção Social Escolar do Ensino Superior, contrariamente ao que sucede com os trabalhadores da mesma carreira dos hospitais, prisões, câmaras municipais e escolas básicas e secundárias, não foram abrangidos pelo diploma que estabelece as regras sobre o regime geral de estruturação das carreiras da administração pública.
Acresce que o diploma que procedeu à revisão das carreiras operárias, como assinalam aqueles deputados comunistas em requerimento dirigido ao Governo, não contemplou o pessoal da Acção Social Escolar que exerce profissões que, devido às sua características, deveriam ser consideradas nessas carreiras, quer como altamente qualificados, quer como qualificados ou semi-qualificados.
Entre a função operária e a auxiliar verifica-se assim uma fortíssima discrepância salarial (a primeira atinge o índice 470 e a segunda no limite vai a 200) , facto que levou os deputados do PCP a questionar o Executivo sobre o que pensa fazer, nomeadamente quanto ao pagamento, com retroactivos, do aumento devido aos trabalhadores, e quanto às razões que o levam a excluir os profissionais da Acção Social Escolar da categoria operária.
Recorde-se que as carreiras atípicas da Acção Social incluem profissionais como fieis de armazém, empregados de andar, auxiliares de alimentação, cozinheiros e empregados de bar na categoria de auxiliares.


«Avante!» Nº 1374 - 30.Março.2000