A Cimeira Alternativa



A função social da maternidade, a necessidade de mobilização das ONG na luta por trabalho igual e salário igual, e a protecção ambiental são algumas das questões destacadas nas conclusões da Cimeira Alternativa, realizada no passado dia 24 em Lisboa.

A cimeira, promovida por um vasto conjunto de organizações e partidos, designadamente o PCP, pediu a redução da carga horária dos trabalhadores, em particular das mulheres, e alertou também para a forte discriminação de que os deficientes são alvo. No que respeita ao Ambiente, foram criticados os projectos das transnacionais e a Política Agrícola Comum (PAC), sublinhando-se a necessidade de se utilizar energias renováveis e alternativas e apoiar as explorações familiares.
No capítulo do emprego com direitos, a cimeira concluiu que as empresas, através de reestruturações, utilizam abusivamente a segurança social e que o capitalismo pretende um exército de mão-de-obra disponível, com desemprego, trabalho precário e maior exploração.
Condenou o trabalho infantil e concluiu que os trabalhadores terão de continuar a lutar, apelando à necessidade de unidade e cooperação de todas as organizações sociais e forças políticas progressistas. Os participantes exigiram uma maior responsabilidade do Estado no campo do ensino, defendendo a escola pública publico e o alargamento das bolsas de estudo.


«Avante!» Nº 1374 - 30.Março.2000