3.ª Assembleia define por unanimidade linhas para o reforço do PCP
Lisboa confirma



Os comunistas de Lisboa decidiram aprofundar a ligação aos trabalhadores e às populações, estimular a participação popular e as lutas de massas, reforçar o Partido e alargar a unidade.


Sob a palavra de ordem «O PCP mais forte, activo e influente na cidade de Lisboa», três centenas de delegados e várias dezenas de convidados reuniram-se no passado sábado, no Forum Picoas. Nas 43 intervenções feitas durante a 3.ª Assembleia da organização concelhia do Partido, culminando um mês de discussão preparatória e eleição de delegados, analisaram o actual momento político, as alterações verificadas no tecido económico e social, o trabalho autárquico e o papel do PCP nas transformações feitas e por fazer.
A Resolução Política, proposta ao debate pela Direcção da Organização da Cidade, mereceu o voto unânime da Assembleia, depois de introduzidas várias propostas de alteração (nenhuma com questões de fundo, como informou Fernanda Barroso, em nome da Comissão de Redacção).
Também por unanimidade, foi eleita a Direcção, com 75 camaradas, um quinto dos quais não fazia parte do organismo cessante.


Mais do melhor

As votações e a discussão, durante a manhã e a tarde de sábado, não podem ser interpretadas como um simples pedido de «mais do mesmo». Foram especialmente aplaudidas as referências à actualidade do marxismo-leninismo e do projecto de sociedade do PCP, do seu carácter de classe e revolucionário. O imenso trabalho realizado pelos comunistas na cidade – na organização e nas lutas dos trabalhadores, dos jovens, dos reformados, das populações; na Câmara Municipal e nas juntas de freguesia; nas colectividades, associações e comissões – foi exposto e valorizado, salientando os frutos obtidos e as perspectivas futuras. «Esta Assembleia realiza-se num bom momento da luta e do Partido», disse Luís Fernandes, membro do Comité Central e responsável, na direcção regional do Partido, pelo concelho de Lisboa. Mas, logo de seguida, salientou que «há que aproveitar este bom clima para, como diz o lema do aniversário do Partido, lutar, construir, crescer».
A intervenção de abertura deu o tom para o debate. Das células e sectores profissionais, das freguesias e zonas, das áreas e frentes de trabalho, dos discursos na primeira pessoa, a mensagem inequívoca que chegou à Assembleia foi de valorização da actividade do PCP e dos comunistas, salientando os princípios que nos são próprios e criticando, com a frontalidade de que são capazes os verdadeiros camaradas, os erros, as deficiências e os desvios dos fundamentos que distinguem a nossa intervenção.
Os comunistas de Lisboa não querem só «mais do mesmo» – mantêm-se empenhados, activos e vigilantes e querem «mais do melhor».


«Avante!» Nº 1376 - 13.Abril.2000