Greve a 9 de Maio
Prossegue a luta na Administração Pública



A Frente Comum considera que a revisão salarial para 2000 não está encerrada e, na Cimeira de Sindicatos realizada sexta-feira, exigiu o prosseguimento das negociações.

«O Governo usou de má fé negocial, tentando impor abruptamente o encerramento das negociações na Administração Pública para, passados dias, decretar o aumento de combustíveis, o que significa, pelos respectivos efeitos em termos de inflação, que uma actualização de apenas 2,5 por cento nos salários constituiria uma brutal redução do poder de compra dos trabalhadores, o que é de todo em todo inaceitável» - protesta a Frente Comum.
No comunicado que divulgou após a reunião, a estrutura que representa a maior parte dos trabalhadores do Estado informa que decidiu «avançar para um crescendo da mobilização dos trabalhadores, durante o mês de Abril, com afirmação da sua identidade e objectivos de luta, através de plenários nos locais de trabalho, iniciativas regionais, conferências de imprensa, elaboração de um manifesto e solicitação de entrevistas ao Presidente da República e aos grupos parlamentares».
A Cimeira de dia 7 decidiu ainda, «sem prejuízo de outras acções posteriores» e «dando continuidade ao processo de luta que tem vindo e continuará a ser desenvolvido», convocar uma greve da Administração Pública para o dia 9 de Maio, cujos objectivos são os que constam da proposta reivindicativa entregue ao Governo, designadamente no que respeita a salários, emprego, carreiras, vínculos e direitos, «exigindo soluções concretas».


Casa Pia

Os trabalhadores da Casa Pia de Lisboa fizeram greve na passada quinta-feira, exigindo reclassificação profissional de acordo com as funções exercidas, integração no quadro de funcionários que estão indevidamente com vínculos precários, pagamento dos subsídios de turno e de risco, penosidade e insalubridade.


«Avante!» Nº 1376 - 13.Abril.2000