Comunistas
ao lado dos trabalhadores
Um
partido novo e actual
As comemorações do 79.º aniversário do PCP estão a chegar ao fim. Entretanto, um balanço já feito às iniciativas realizadas serve para reafirmar a confiança que os militantes têm no seu Partido.
A organização do PCP é a mais prestigiada e interveniente
organização partidária em muitas regiões porque, como disse
Jorge Pires, membro da Comissão Política, no mega-almoço
realizado em Azeitão, está «permanentemente ao lado dos
trabalhadores e do povo, na luta pelas pequenas e as grandes
causas».
Exemplificando, Jorge Pires lembrou o papel dos comunistas na
luta pelo emprego com direitos, como acontece na NORPORTE, nos
TST e na ADP; pela dignificação do salário, como se verifica
na CP, na Administração Pública ou na ETCHA; ou na luta dos
utentes em várias unidades de saúde, como se está a passar na
Quinta do Conde.
Em todas as lutas, seja pelo desenvolvimento integrado e
sustentado da Península, seja por um ensino de qualidade e
gratuito ou pela criação de condições dignas para os idosos,
o PCP empenha-se nelas, integrando-as nos seus objectivos «de
liquidação da exploração do homem pelo homem, pela
construção de uma sociedade de liberdade, de bem estar e
felicidade para o ser humano, a sociedade socialista».
Jorge Pires diz-se, porém, «preocupado» com os que, há muito
anunciando a morte do PCP, andam pelo distrito a dizer ou
escrever que os comunistas «estão velhos e sem ideias» e têm
«que mudar». É o caso do Governador Civil de Setúbal e actual
responsável do PS na região, que montou uma estrutura
institucional no Governo Civil, paga com o dinheiro dos
contribuintes, rapidamente transformada em comissão eleitoral
permanente do PS, ou o ministro Jorge Coelho que muito fala e
promete afirmando, inclusive, que iria criar o pleno
emprego na região -, mas nada cumpre.
A diferença que marca
Manifestando orgulho
pelo trabalho realizado pelos cinco deputados da CDU eleitos pelo
círculo de Setúbal, em articulação com as organizações do
Partido, o dirigente comunista pergunta quem, afinal, está
velho, quem não tem futuro e quem não é atraente?
Não, seguramente, o PCP responde -, que continua a
recrutar para as suas fileiras centenas de pessoas, uma grande
percentagem das quais jovens com menos de 30 anos, realiza um
enorme conjunto de iniciativas temáticas e apresenta propostas
para a solução dos problemas e vende cada vez mais exemplares
do «Avante!», sempre que sai para a rua.
Naturalmente, «nem tudo está bem na organização» mas é
«exactamente porque estamos vivos e a intervir que sabemos
melhor do que ninguém o que nos faz falta para fazermos mais e
melhor», diz Jorge Pires. Se «sem grande esforço», já existe
um elevado número de adesões ao Partido, isso quer dizer que
virando as atenções para o recrutamento somos capazes de trazer
«muitos mais camaradas que apenas aguardam um contacto nosso».
Se há empresas onde os trabalhadores contactam o PCP para pedir
ajuda, «é porque faz falta criar lá uma célula do Partido».
Se existe grande abertura para discutir com os comunistas
importantes assuntos dos trabalhadores e das populações» é
porque esse contactos podem ser feitos de forma periódica e mais
alargada.
Por outro lado, se não se acompanha a vida da região em algumas
áreas é porque as organizações não têm uma vida regular ou
se fecham em si próprias e se os trabalhadores e as populações
acusam os partidos de lá ir só quando há eleições é porque
há que fazer ainda mais campanhas de rua e marcar melhor a
diferença entre o PCP e os outros partidos.
Fraternidade e camaradagem
O aniversário do PCP foi comemorado mais uma vez e como vem sendo habitual por membros do Partido que, a seguir ao 25 de Abril, integravam a então UJC/UEC. Este ano, a iniciativa constou de um jantar que teve lugar na Voz do Operário e contou com a participação de mais de 50 camaradas.
Moita
Mais de setenta camaradas e amigos estiveram presentes no Salão da Colectividade «Chinquilho Arroteense», em Alhos Vedros, no debate ali promovido pela Comissão Concelhia da Moita do PCP. Sobre «O papel do PCP na luta pela liberdade e a democracia», tema do debate, falou inicialmente o camarada José Casanova que sublinhou e exemplificou a intervenção decisiva dos comunistas nessa matéria durante os 79 anos de vida e luta do PCP. No animado debate que se seguiu intervieram vários militantes e amigos do Partido.
Golegã
No Centro de Trabalho do PCP na Freguesia de Azinhaga recuperado graças ao trabalho voluntário e dedicado de muitos camaradas e amigos realizou-se um almoço/convívio comemorativo do 79º aniversário do PCP. Com cerca de 150 presenças, a iniciativa decorreu num ambiente de grande camaradagem e fraternidade. Depois do almoço, confeccionado e servido por camaradas - homens e mulheres - da organização local, intervieram os camaradas Amélia Vitorino, Lúcio Oliveira e José Manuel do Rosário que falaram sobre as obras que faltam para a total recuperação do CT (só falta o telhado...) e sobre as tarefas e lutas do futuro imediato, nomeadamente a participação nas comemorações do 25 de Abril e na manifestação, em Santarém, do lº de Maio. A encerrar o convívio interveio o camarada José Casanova que falou sobre os 79 anos de vida do Partido, destacando algumas datas marcantes e sublinhando a importância de continuarmos, hoje, contra a política de direita, pela democracia e pelo socialismo, a luta travada por milhares e milhares de comunistas desde que o Partido foi fundado, em 1921.