Governo
acusado
no Congresso do STAL
O secretário-geral da CGTP voltou a acusar o Governo de agir de «má fé» com os trabalhadores da Administração Pública, ao impor 2,5 por cento de aumento salarial.
Falando no final dos
trabalhos do 4º Congresso do Sindicato Nacional dos
Trabalhadores da Administração Local, em Portimão, Carvalho da
Silva reafirmou que o Governo, quando deu por encerradas as
negociações e decretou 2,5 por cento, sabia que daí a dias
iria tomar medidas de impacto forte, que provocavam o aumento do
custo de vida. «A forma como o Governo fez o aumento dos
combustíveis, num clima de alarme, gerador de oportunismos
múltiplos, e as cedências à chantagem dos lobbies
empresariais, criaram um clima que obriga os trabalhadores a
reagir», salientou.
O Governo e os patrões não podem continuar a reconhecer que o
aumento dos combustíveis produz uma subida dos preços e das
taxas de juro, agravando a economia, e recusar, ao mesmo tempo,
que os salários sofrem o mesmo efeito. «É uma política
dualista que tem de ser combatida», sublinhou Carvalho da Silva,
citado pela Lusa, garantindo que os sindicatos não se encontram
numa dinâmica reivindicativa pontual, mas envolvidos numa
intervenção determinada e forte para os próximos anos.
O 4º Congresso Nacional do STAL decorreu sexta-feira e sábado,
no Auditório Municipal de Portimão, com a participação de
mais 500 delegados e uma centena de convidados.