Guardas
florestais
retomam protestos
Os guardas florestais estiveram em greve na quinta-feira, pela segunda vez este ano, e concentram-se na Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, para exigir a aprovação de um diploma que actualize o seu suplemento de risco.
Rui Raposo,
dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos da Função
Pública, lembrou que a actualização já devia ter entrado em
vigor, «na pior das hipóteses» , em Outubro de 1998. O
sindicalista, em declarações à Agência Lusa, acusou alguns
governantes de terem desvalorizado as últimas greves dos guardas
florestais (no dia de abertura da caça, 3 de Outubro, e no dia
10 de Fevereiro) com exclamações de incompreensão sobre os
motivos da luta, acompanhadas de afirmações sobre a aprovação
do decreto regulamentar que não correspondem à verdade.
«Depois de várias promessas e expectativas, a verdade é que o
diploma continua por aprovar» , sublinhou Rui Raposo. Além
disso, há um descontentamento entre estes cerca de 700
profissionais face ao não melhoramento das condições de
trabalho neste último ano, contrariamente ao prometido pela
Direcção-Geral das Florestas.
Os trabalhadores reivindicam ainda a conclusão do processo de
uniformização dos guardas florestais e o pagamento das ajudas
de custo que se encontram com um atraso de quatro meses. Exigem
também um plano integrado e sustentado de formação
profissional e consideram existir insuficiência de meios de
transporte para as funções de fiscalização.