Suíça
Portugueses
no 1º de Maio
Com a palavra de ordem «Nenhum salário inferior a
3000 francos suíços», estão programadas para o 1º de Maio na
Suíça manifestações nas mais diversas localidades, as quais
contam, por tradição, com uma participação activa de
imigrantes portugueses.
Na sua maioria, os
portugueses estão empregados na Suíça em sectores
profissionais com salários muito baixos: hotelaria, comércio,
limpezas, agricultura, construção civil.
A reivindicação por um salário mínimo superior a 3000 francos
será mais um motivo para que a presença dos portugueses nas
manifestações venha a ter um significado ainda mais forte do
que nos anos anteriores, não só nos cortejos como igualmente
nas intervenções oficiais, com discursos a serem pronunciados
por conhecidos sindicalistas, ou ainda com a participação de
grupos musicais.
No âmbito da jornada histórica dos trabalhadores, este ano, em
Zurique, Manuel Beja, secretário sindical do GBI e membro do
Conselho das Comunidades Portuguesas, será um dos oradores
oficiais na Helvetiaplaz, em representação de todas as
comunidades de trabalhadores imigrantes. Na sua intervenção
abordará a actual e polémica decisão da constituição de um
«Parlamento sombra», criado pelas organizações dos
estrangeiros como protesto pela exclusão dos emigrantes, por
não possuírem o direito de voto, no Conselho Constitucional que
nos próximos cinco anos irá rever a «lei de base do Cantão».
Mais tarde, Manuel Beja falará para os seus compatriotas na
manifestação oficial do 1º de Maio da cidade de Thun, sobre as
questões salariais. Nesta iniciativa participa igualmente o
grupo folclórico do Centro Português de Thun.