Festa do Avante
obra de todo o Partido

Por Virgílio Azevedo
Membro da ComissãoPolítica do CC do PCP

Nos dias 1, 2 e 3 de Setembro realiza-se a 24ª edição da Festa do «Avante!», iniciativa que ocupa lugar de destaque na múltipla e intensa actividade do Partido e é sempre aguardada com grande expectativa por muitos milhares de pessoas.

Mantendo as suas características fundamentais - Festa do convívio, da alegria, da juventude, da cultura, da solidariedade, da intervenção e da luta - ano após ano a Festa encontra novas soluções de concepção e de conteúdo, que a fazem sempre nova e a reforçam enquanto grande polo de atracção para muitas dezenas de milhar de comunistas e para muitos que não o sendo - e, por vezes, situando-se mesmo em posturas políticas e ideológicas que não as dos comunistas - a consideram um espaço ímpar de encontro, de convívio, de liberdade.
Num momento em que continua a desastrosa política de direita do Governo PS, com todas as consequências na situação económica, social e política do País; num momento em que se acentua o descontentamento e a luta contra esta política; num momento de grande iniciativa política do Partido - quer na dinamização das lutas, quer na apresentação de propostas para a resolução dos problemas do País e dos trabalhadores na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, quer no reforço da organização com particular destaque para a organização do XVI Congresso -, a próxima festa do «Avante!» poderá vir a traduzir-se num importante passo em frente em relação às suas anteriores edições.
A Festa será um importante contributo para projectar o que pensamos da situação nacional e internacional, as perspectivas de desenvolvimento da luta social e política, a alternativa de esquerda por que lutamos, o Partido que somos, com a sua identidade, o seu projecto, as suas propostas. Nela terão presença assegurada, por isso mesmo, os trabalhadores, os seus problemas e as suas lutas.
As exposições, os debates, a abertura, o comício, os encontros e as conversas com milhares de camaradas e amigos, são formas de debate, reflexão e intervenção excepcionais, numa Festa que é do Partido mas que está aberta a todos os que lutam ou aspiram a uma sociedade mais justa, mais livre, mais democrática, mais fraterna.
Nos três primeiros dias de Setembro próximo, a Quinta da Atalaia será, como alguém já disse, «o local do País onde existe mais fraternidade por metro quadrado».

2000, mais Festa, melhor Festa

As obras que estão a ser feitas irão permitir que todos os que constróem e visitam a Festa encontrem melhores condições de trabalho e estadia, encontrem a Quinta da Atalaia ainda mais bonita, com melhores condições nos acampamentos, com mais instalações sanitárias, com mais bancos e sombras, com melhor iluminação, com uma intervenção no espaço da entrada pela Quinta da Princesa, que o tornará mais bonito e mais acessível.
Essas obras e o previsível aumento do número de visitantes - nomeadamente jovens - farão com que a Festa do ano 2000 seja mais e melhor festa. Para isso, darão igualmente um inestimável contributo os espectáculos, o teatro, o desporto, a animação de rua, a Cidade do Livro e do Disco, a intervenção das artes plásticas - em vários espaços da Festa - a Exposição da Ciência, o cinema, os meios audiovisuais e a Internet, o artesanato e a gastronomia nacional e internacional, as participações das Organizações Regionais e Sectores, o Espaço Internacional, o Espaço da Criança, a Cidade da Juventude, construída pela JCP, o «Avante!» e a Campanha de Difusão, a Campanha Nacional de Fundos.
O êxito da Festa está intimamente ligado ao empenhamento das Organizações do Partido e da JCP, ao empenhamento de todos os militantes.
A todos cabe:
- informar e mobilizar o Partido, discutindo, concebendo e planificando, as tarefas de cada Organização;
- divulgar e promover a Festa, distribuindo e colocando os materiais de divulgação, organizando iniciativas desportivas e os Festivais da Canção Juvenil, aproveitando todas as iniciativas partidárias;
- promover desde já uma grande venda antecipada da EP;
- organizar as excursões ou outras formas de deslocação, procurando trazer sempre mais visitantes à Festa.
A Festa é obra deste grande colectivo partidário, do empenhamento de muitos milhares de camaradas e amigos, da sua consciência, da sua militância dedicada, da sua vontade em organizar uma Festa que, sendo do PCP, é aberta a todos os homens, mulheres e jovens que estão com o Portugal de Abril.