Por uma Carris moderna e desenvolvida
Só com uma Carris «de capitais públicos», gerida de «forma eficaz», de modo a rentabilizar os meios técnicos e humanos, e «respeitando os direitos dos trabalhadores» será possível servir mais e melhor as populações.
Depois desta
afirmação, a célula do PCP na Carris enuncia alguns dos
reflexos negativos que as políticas de direita têm tido na
Carris - diminuição do número de trabalhadores e criação de
centros excedentários como forma de pressão para levar à
reforma ou à rescisão; ataques ao exercício da actividade
sindical e aos direitos dos trabalhadores; concessão de
serviços a privados e alienação de património; redução da
oferta de transportes -, e que foram agravados pelos dois
últimos governos do PS, com a diminuição todos os anos do
valor das indemnizações compensatórias e o não cumprimento
das suas obrigações de pagamento à empresa do serviço social
que esta presta.
Ao longo dos anos, tem sido a luta dos trabalhadores que permitiu
preservar direitos, impedir atropelos à actividade sindical e
melhorar os salários e outras matérias de expressão
pecuniária, sendo que, este ano, mais uma vez, os trabalhadores
da Carris se viram obrigados a entrar em luta para defender os
seus postos de trabalho e a empresa e melhorarem os seus
salários.
Nessa luta, os trabalhadores contaram com o apoio do PCP que,
entretanto, e com vista a assegurar às populações «uma rede
de transportes eficaz e moderna», apresenta um conjunto de
propostas que passa, entre outras, pela criação da Autoridade
Metropolitana de Transportes e a elaboração de um Plano
Integrado de Transportes para a Região de Lisboa.
A construção de parques de estacionamento nas áreas
limítrofes da cidade, a delimitação de mais corredores
reservados a transportes públicos, a reorganização da rede de
autocarros e eléctricos, a passagem a efectivos de todos os
contratados a termo e o aumento digno dos salários dos
trabalhadores, são outras propostas que os comunistas consideram
essenciais para uma Carris «moderna e desenvolvida».