Ex-Quimigal em luta
Voltaram a entrar em greve, na semana passada, os trabalhadores da Quimiparque, no Barreiro e em Estarreja, com uma adesão de 90 por cento, de acordo com o Sinquifa/CGTP.
Um dirigente do
sindicato explicou à Lusa que a luta de segunda a
quarta-feira, por períodos de quatro horas por turno se
deve ao facto da empresa não pagar, desde há três anos, os
subsídios de férias, diuturnidades e anuidades previstos no
Acordo de Empresa da ex-Quimigal.
Um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, frisou José
Abreu, reconheceu, em Dezembro, que o AE da Quimigal é aplicado
às empresas formadas a partir do seu desmembramento, enquanto
não for negociada uma nova convenção laboral. Mas a
Quimiparque, acusa o sindicato, desrespeitou este princípio e
decidiu começar a aplicar o contrato colectivo do sector
químico, ficando os trabalhadores a perder direitos e regalias.
O valor dos prejuízos, cujo pagamento é exigido pelo Sinquifa e
pelos trabalhadores, varia entre 600 e 700 contos por cada
funcionário.
O Sinquifa refere que, na mesma situação dos trabalhadores da
Quimiparque estão os de mais seis empresas do Barreiro. Uma
delas é a Quimitécnica, em greve até terça-feira da semana
passada, pelo pagamento de dívidas que se arrastam desde 1992.