Ministério da
Educação define regras
Um novo
calendário escolar
Em véspera do 25 de Abril, o Ministério da
Educação divulgou a institucionalização de um novo
calendário escolar e da abertura das escolas durante as férias
lectivas. Medidas que, naturalmente, ainda não se sabe como
serão recebidas por professores, estudantes e pais.
A partir do próximo ano lectivo, os alunos do ensino básico e
secundário terão um novo calendário escolar, com três
períodos de cerda de 90 dias cada, independentemente da data da
Páscoa, ficando sempre fixado o início do ano lectivo na
primeira quinzena de Setembro.
Com a introdução do novo calendário escolar, o primeiro
período manter-se-á como até aqui, finalizando na semana que
antecede o Natal.
O segundo período cuja duração dependia até agora da
data do feriado móvel da Páscoa passa a iniciar-se a 3
de Janeiro, desde que este não ocorra numa sexta-feira, sábado
ou domingo, mas a durar sempre cerca de 90 dias,
independentemente da data da Páscoa. Assim, para além da
interrupção lectiva de cinco dias por ocasião do Carnaval, o
segundo período escolar terminará três meses após o início,
ficando estabelecido que se o final deste não coincidir com o
ferido móvel da Páscoa, haverá nessa altura uma pausa de cinco
dias.
O terceiro período terá de terminar, impreterivelmente, até 30
de Junho, ficando estabelecido, para os meses de Julho e Agosto,
a organização do ano escolar seguinte.
As reuniões de professores tendo em vista a avaliação dos
alunos, só poderão ter lugar nos períodos de interrupção da
actividade lectiva.
Uma outra novidade segundo nota do ME, «as escolas de
qualquer ciclo ou nível não serão encerradas durante os
períodos de interrupção das actividades lectivas», mas a
iniciativas a desenvolver, nomeadamente actividades de ocupação
de crianças e jovens, pertencerão aos «vários parceiros». O
que não pode deixar de remeter para as insistentes reclamações
de autarquias, escolas e associações de pais, para que sejam
atribuídos a estas entidades os meios adequados às
responsabilidades que lhes vão sendo atribuídas.
Ainda recentemente, em comentário à revisão curricular do
ensino secundário, a Fenprof lembrava que uma verdadeira
autonomia das escolas «passa pela responsabilização, por parte
do governo, de dotar os estabelecimentos de ensino com os
recursos humanos, materiais e financeiros imprescindíveis».
Considerações perfeitamente actuais, face às medidas do ME
agora divulgadas.