Giuliano Amato
é o novo primeiro-ministro italiano



Giuliano Amato foi escolhido para suceder no cargo de primeiro-ministro a Massimo D’Alema, que se demitiu na semana passada após a derrota nas eleições regionais da coligação de centro-esquerda.

Um dos seus projectos é reduzir em um terço o número de ministro, passando de 25 para 18. As subsecretarias devem passar de 65 para 50. Esta medida implica deixar alguns partidos que integram a coligação Oliveira sem pasta ministerial, o que já provocou protestos.
Entretanto, o ministro francês para os Assuntos Europeus, Pierre Moscovici, afirmou no sábado que se a aliança de direita chegar ao poder poderão surgir problemas na União Europeia.
«A aliança de Berlusconi com partidos de extrema-direita e xenófobos colocaria problemas», afirmou Moscovici, que classificou a Liga Norte de Umberto Bossi como um partido nacionalista de tendência xenófoba.


Biografia

Guiliano Amato, de 61 anos, nasceu em Turim. Jurista e professor de Direito Constitucional, é associado a algumas das políticas liberais mais discutíveis da década de oitenta, na altura em que era a «mão direita» do Bettino Craxi.
Foi vice-secretário do PSI e subsecretário dos governos de Craxi. Em 1985, redigiu o decreto que abriu a porta à televisão privada. Em 1992, assinou o orçamento mais severo que a Itália conheceu. Actualmente desempenhava a função de ministro das Finanças.
Fausto Bertinotti, líder da Refundação Comunista, lembra que Amato foi desempenhou um papel central no fim da chamada «escala móvel», que associava o aumento salarial dos trabalhadores e funcionários com o aumento da inflação.


«Avante!» Nº 1378 - 27.Abril.2000