Temas

A arte de agarrar a vida <br>no momento exacto

A arte narrativa de Maria Eugénia Cunhal, como de resto a sua poesia, entronca num dado que nos parece fundamental: o de ser uma escrita que assumidamente se constrói a partir de um olhar solidário e inquieto, partindo do eu individual para o eu colectivo. Há, na escrita de Eugénia Cunhal, um atentíssimo olhar sobre o mundo que nos rodeia; sobre as pessoas, as casas, os lugares, os objectos. E tudo isto, que poderíamos acantonar, por comodidade teórica, no mais conseguido do nosso neo-realismo, aquele que conjuga, segundo a teorização de Mando Martins, a Arte literária com o compromisso social, mas que a autora, inventivamente, arrisca por caminhos diversos, sobretudo no conto que dá título a este belíssimo livro.

A arte de agarrar a vida <br>no momento exacto

A arte narrativa de Maria Eugénia Cunhal, como de resto a sua poesia, entronca num dado que nos parece fundamental: o de ser uma escrita que assumidamente se constrói a partir de um olhar solidário e inquieto, partindo do eu individual para o eu colectivo. Há, na escrita de Eugénia Cunhal, um atentíssimo olhar sobre o mundo que nos rodeia; sobre as pessoas, as casas, os lugares, os objectos. E tudo isto, que poderíamos acantonar, por comodidade teórica, no mais conseguido do nosso neo-realismo, aquele que conjuga, segundo a teorização de Mando Martins, a Arte literária com o compromisso social, mas que a autora, inventivamente, arrisca por caminhos diversos, sobretudo no conto que dá título a este belíssimo livro.