Irracionalidade económica contra os trabalhadores e a soberania nacional

O nosso comércio externo

Anselmo Dias
Em artigo anterior, em 8/10, nas páginas do jornal Avante!, analisámos a exagerada dimensão das nossas importações, salientando, entre outros aspectos, as consequências da desindustrialização e o criminoso défice alimentar imposto ao País. No presente artigo vamos analisar, em termos genéricos, as nossas exportações, bem como o diferencial entre aquilo que, relativamente ao estrangeiro, compramos e vendemos.

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O tecto do mundo não cai

Lhasa estende-se mansamente por um vasto planalto, a 3600 metros de altitude. Olhada de um pouco mais acima, das janelas do palácio de onde o Dalai Lama a podia ver sem levitar, é uma cidade que se pode abarcar em toda a sua extensão, morada e local de trabalho de cerca de 300 mil pessoas, rodeada da cinza de montanhas erodidas por um sol inclemente, muito mais altas ainda. É a capital da Região Autónoma do Tibete, uma região tão grande como os maiores países da Europa Ocidental juntos, nada menos que um milhão e duzentos mil quilómetros quadrados.

Uma escrita modelar, um romance inesperado e intemporal

De Avelino Cunhal conhecemos o pícaro mordaz, a agudeza metafórica dessa magnífica colectânea de contos que é Senalonga, livro que só por si mereceria atenta e demorada análise, não apenas pelo estilo satírico (herdado do Eça, de Camilo, de Aquilino) mas pelo novo que essa escrita imprime na desmontagem de uma realidade rural que era tudo menos plácida e ingénua, visão contrária, portanto, ao que o idealismo burguês de Júlio Dinis profusamente desenvolveu e difundiu. A mordacidade cósmica da escrita de Avelino Cunhal denuncia em Senalonga, com desarmante humor, os peralvilhos, os oportunistas e os demagogos de todos os quilates. O conto sobre a inauguração de um urinol público é paradigma dessa argúcia, desse derribado humor.