Desenvolvimento da luta revolucionária<br>e a construção da alternativa

Ao ter lugar pela primeira vez no continente africano e na África do Sul, o Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários completa uma importante fase que, em poucos anos, nos levou da Europa aos territórios da ex-União Soviética, à América Latina, ao Médio Oriente (com o Encontro extraordinário), à Ásia e agora a África.

Foi, na nossa opinião, um período em que o nosso Encontro se fortaleceu, alargou e ganhou importância política e visibilidade. Um período em que vários partidos se envolveram e se responsabilizaram pelo sucesso dos Encontros Internacionais e durante o qual se registaram passos positivos – apesar de insuficientes – no trabalho colectivo da sua preparação e na aferição colectiva das suas principais conclusões.


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Ressuscitando o que nunca morreu:<br>«duas velocidades» e «núcleo super - integrado periferia»

Na chamada «construção europeia», não me parece possível (ou sério…) tratar das suas actuais tendências sem recuar pelo menos até à década de 70, ao desmantelamento do «sistema monetário» capitalista, criado no pós-guerra e às tentativas de o compensar com mecanismos ou um sistema regionais, como resultaria do relatório Werner (que, anterior ao alargamento de 6 para 9, apontava para uma UEM e para uma moeda única até 1980!), iniciativa que se viria a reduzir a um «sistema monetário europeu» minimalista, que se juntava a um Fundo Europeu de Cooperação Monetária, de 1972, logo depois da decisão de Nixon, de Agosto de 1971, de tornar inconvertível o dólar, e assim fazer desmoronar o que vinha de Bretton-Woods (acordo de 1944 entre 45 países).

Um completo falhanço

O ano de 2010 foi declarado como o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social. Paradoxalmente nunca houve um contraste tão gritante entre objectivos enunciados e acções concretas, nem foi tão forte a contradição entre políticas económicas e políticas sociais.

Nenhum objectivo foi alcançado e no contexto da crise económica internacional emerge uma UE menos solidária; uma UE onde regressou em força a ortodoxia económica, que submete o social ao económico, ao mercado, à competitividade; uma UE que reforça os constrangimentos do Pacto de Estabilidade e de Crescimento; uma UE com mais pobreza, mais exclusão social, mais desemprego e mais desigual.