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Uma política soberana<br>e a afirmação do primado<br>dos interesses nacionais

Assumir uma política soberana e afirmar o primado dos interesses nacionais é um dos eixos centrais da política patriótica e de esquerda que o PCP propõe para o País. A ele foi dedicada a última das seis semanas da acção nacional que o Partido lançou sob o lema «A força do povo, por um Portugal com futuro», cujo encerramento decorre no próximo sábado, 13, às 15h00, no Hotel Altis, em Lisboa.
Soberania e independência que estiveram em destaque na sessão ocorrida sexta-feira, 5, na qual participaram dirigentes do PCP, entre os quais o seu Secretário-geral, Jerónimo de Sousa, e
diferentes personalidades, e de cujo conteúdo damos nota nestas páginas como parte da explanação das raízes, contexto, objectivos e forças para a alternativa que é, simultaneamente, um imperativo nacional, uma exigência que corresponde às aspirações dos trabalhadores e do povo português e uma prioridade que o PCP toma em mãos.

Os valores de Abril

No Programa do PCP sublinha-se que «a luta com objectivos imediatos e a luta por uma Democracia Avançada são parte constitutiva da luta pelo socialismo». Subjacente ao objectivo supremo da construção de uma sociedade sem exploradores nem explorados, o Socialismo e o Comunismo,...

No povo reside a força

«Existem propostas concretas para construir uma alternativa política baseada numa política alternativa», afirmou Jerónimo de Sousa, que reiterou também a confiança do PCP «de que é no povo que reside a força para operar as mudanças necessárias que garantam o presente e o futuro do nosso País».

Libertar Portugal

«Nunca como hoje foi tão estreita e tão evidente a ligação entre a situação nacional e a natureza, os objectivos e o curso do processo de integração [na CEE/UE]. E de tal forma assim é, que não é possível seriamente perspectivar uma genuína política alternativa para o País, sobretudo se patriótica e de esquerda, sem considerar a necessidade de uma ruptura com eixos e aspectos centrais desta integração que nos liberte do insuportável peso dos seus constrangimentos.»

A Constituição – símbolo<br>e instrumento

Aprovada por larga maioria (só o CDS se absteve) na Assembleia da República a 2 de Abril de 1976, a Constituição da República Portuguesa foi promulgada, minutos depois, no mesmo local, pelo então Presidente da República. O acto sem precedentes reflecte que Costa Gomes...

«Estado-cliente»

Aceitando «colaborar com o PCP na busca de soluções», o general Pezarat Correia trouxe ao debate pistas para analisar saídas para a actual situação do País. Considerando a soberania «o exercício do poder interno» sem «reconhecer no...

Desfazer nós górdios

«Não é possível discutir as saídas do desastre nacional a que nos conduziram» sem «desatar as amarras» que nos prendem «ao desemprego, aos baixos salários, à emigração, à angústia e desespero de vidas que não...

Questões soberanas

Abordando o tema do debate e eixo central da política patriótica e de esquerda, o membro do Comité Central do PCP António Filipe, depois de enunciar as disposições constitucionais sobre política externa e de defesa, considerou que a orientação dos governos...

Só contam se realizadas

No debate subordinado ao sexto eixo central da política patriótica e de esquerda, coube a José Barata-Moura realçar a actualidade de abordar a soberania e o interesse nacional. O filósofo e militante comunista começou por rejeitar uma discussão «para curiosidade...