Governo não vê solução para a Regina


O Ministério da Economia continua sem adiantar outra saída, que não seja a falência, para a Fábrica de Chocolates Regina, lamentou um dos dirigentes sindicais que participaram na reunião realizada anteontem com o secretário de Estado Vítor Ramalho.

Enquanto este governante se afirmou disposto a contactar ainda a secretaria de Estado da Indústria, na busca de uma solução para a viabilização da empresa e a salvaguarda dos postos de trabalho, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação do Sul e Tabacos decidiu convocar para ontem um plenário na Regina, que deveria terminar com uma acção pública no exterior.

A luta pela regularização dos salários e por medidas que assegurem o futuro estável da empresa vem desde 1995, mas a gerência da fábrica «continua a pagar as retribuições com atraso, a não garantir a manutenção dos postos de trabalho e não informa com clareza que tipo de negócio está a efectuar quando diz que está em negociações para a venda da Regina» - protesta o STIAST/CGTP, numa nota que distribuiu à imprensa na semana passada. Segundo as informações disponíveis no sindicato, a dívida conhecida da empresa é de 1,6 milhões de contos; o maior credor é o Estado (804 mil), seguido do BCP (500 mil). Aos trabalhadores e outros credores são devidos mais de 400 mil contos.


«Avante!» Nº 1269 - 26.Março.98