Jornada Nacional do PCP
Com trabalhadores
nas ruas da Baixa do Porto


Os comunistas do Porto realizaram na passada segunda-feira, uma grande acção de esclarecimento e sensibilização dos trabalhadores na Baixa da cidade contra os retrógrados projectos de alteração da legislação laboral do governo PS.

Alegria estampada nos rostos, bandeiras do Partido e da CDU a desfraldar ao vento, panos com as palavras de ordem, seguros pelas mãos de quem trabalha e sabe o que quer, e a rouquidão das gargantas, transformaram esta singular jornada de luta numa vigorosa condenação da política de direita do PS.
«25 de Abril, sim!, Futuro sem direitos não; O trabalho é um direito, Sem direitos nada feito; Guterres deixa-te de lérias, não nos vais roubar as férias; Com o PCP lutar p’ra direita derrotar; PCP reforçado, pacote derrotado», foram as palavras de ordem mais ouvidas.
Nesta iniciativa, integrada na Jornada Nacional do PCP «Valorizar os direitos de quem trabalha», foram muitos os membros do Partido que quiseram estar presentes, oriundos das empresas, dos serviços, da juventude e, justiça seja feita, os amigos e homens e mulheres sem partido que nos acompanharam e que quiseram dizer, estamos convosco.
A camarada Ilda Figueiredo, acompanhada de destacados dirigentes sindicais e do Partido, foi alvo de inúmeras manifestações de curiosidade, simpatia e receptividade por parte das pessoas com quem se cruzou no desfilou pela Praça da Batalha, pelas ruas Santa Catarina, Fernandes Tomás e Bolhão.
Foi aqui que se dirigiu às massas, declarando o seu apoio à luta dos trabalhadores contra o pacote laboral, que põe em causa importantes conquistas do 25 de Abril, como o direito a uma retribuição justa, a um emprego de qualidade e com segurança, às férias e a um sistema de Segurança Social mais eficaz.
E, continuando o seu improviso, lembrou as bonitas promessas do PS em campanha eleitoral, que são cada vez mais desrespeitadas. Reportando-se à situação na região, Ilda Figueiredo denunciou a violação de direitos, o não cumprimento das 40 horas, os direitos das mães trabalhadoras e dos jovens trabalhadores, concluindo que esta legislação do mostra é reveladora da prepotência e do arbítrio governo, cuja política que não se distingue da seguida pelo PSD.
Garantiu que, seja na Assembleia da República ou no Parlamento Europeu, os deputados comunistas são e serão uma voz activa na luta por uma Europa mais solidária, com dimensão social, e por políticas que conduzam a uma efectiva coesão económica e social.
Ilda Figueiredo terminou a sua mensagem com um apelo aos trabalhadores para que reforcem o PCP e a CDU nas próximas eleições para o Parlamento Europeu e Assembleia da República, única forma de garantir a viragem à esquerda e a defesa dos direitos de quem trabalha.


«Avante!» Nº 1321 - 25.Março.1999