Professores
do Centro
trouxeram à rua o Congresso
Ao tomarem conhecimento da presença do secretário de Estado da Administração Educativa em Viseu, na quinta-feira passada, os delegados ao 5º Congresso dos Professores do Centro decidiram interromper os trabalhos e deslocar-se ao Governo Civil, onde se encontrava Guilherme de Oliveira Martins, para lhe entregar uma moção.
Neste documento, o
congresso - que decorreu de quarta a sexta-feira, com a
particpação de cerca de 500 delegados - sublinha as exigências
de cumprimento da lei de protecção à maternidade no que toca
às docentes com gravidez de risco, a criação de um processo de
vinculação dinâmica dos professores contratados, a indexação
das reformas aos vencimentos e a abolição dos créditos de
formação contínua.
Os sindicalistas docentes notaram ainda a coincidência de, para
locais e datas em que estão marcadas iniciativas do SPRC ou da
Fenprof, serem também convocadas actividades do Ministério.
A federação revelou, entretanto, que está agendada para
amanhã à tarde uma reunião com aquele secretário de Estado,
onde o problema da gravidez de risco será o principal assunto,
mas onde a Fenprof procurará obter respostas para questões como
o regime excepcional de aposentação, a situação dos docentes
nos conservatórios, a vinculação e a protecção social aos
desempregados.
Em luta
Entre 85 e 90 por
cento dos trabalhadores não docentes do ensino
pré-primário, preparatório e secundário aderiram à greve de
24 horas da passada sexta-feira, provocando o encerramento de
dezenas de escolas em todo o País, informou a Federação
Nacional dos Sindicatos da Função Pública. A luta, que incluiu
uma concentração frente ao Ministério da Educação, tem por
principal objectivo a urgente aprovação do novo regime
jurídico do pessoal não docente, prometida pelo ME desde 1998.
Na semana anterior haviam estado na avenida 5 de Outubro cerca de
500 trabalhadores dos serviços de Acção Social do Ensino
Superior, que fizeram greve com uma adesão de 90 por cento.
A FNSFP protesta por não conseguir do secretário de Estado do
Ensino Superior a marcação de reuniões para apresentação das
propostas do ME relativas aos problemas colocados pelos
trabalhadores. Na concentração foi afirmada a decisão de
voltar à greve no prazo de um mês.
Saúde
Mantêm-se os
elevados índices de adesão à greve dos serviços gerais da
Saúde, que decorre, de forma descentralizada, desde o início do
mês. Um grupo de trabalhadores e sindicalistas do Porto
confrontou sexta-feira a ministra da Saúde com as exigências
que estão na base da greve e que se prendem com a
restruturação das carreiras profissionais. Um dirigente do
Sindicato da Função admitiu, em declarações à Agência Lusa,
que a greve possa evoluir para uma expressão nacional, se o
ministério continuar a protelar a resolução de um problema que
é motivo de luta dos trabalhadores há três anos.