Emigração
Voltar
é sempre uma festa
Uns voltam todos os anos de férias e a Festa do «Avante!» já faz parte do seu roteiro.
Outros, definitivamente regressados ao seu país, não deixam de frequentar o Espaço da Emigração em busca das velhas amizades muitas vezes feitas em países longínquos por onde demandaram em busca de melhores condições de vida.
Para o visitante
comum, este Espaço é igualmente convidativo. Aqui encontra as
farturas e a Sangria e no o café das comunidades pode apreciar o
verdadeiro Champagne, vindo da região francesa que lhe
dá o nome, servido em copo especial (flute). O precioso
líquido pode ser ainda adquirido em garrafa.
No Sai-Sempre vale a pena tentar a sorte e com pouco dinheiro
ganhar um prémio valioso e original já que muitos os objectos
vêm de países estrangeiros.
No pavilhão da Emigração poderá também encontrar
informação sobre a actividade do PCP junto das comunidades
portuguesas, tomar conhecimento sobre as propostas da CDU para
uma nova política de emigração e saber quem são os candidatos
da CDU pelos círculos da emigração.
Exposição de fotografia
Imagens
da comunidade portuguesa
Este ano, retomando uma iniciativa apresentada pela primeira vez no Jamor, o pavilhão da Emigração apresenta ao público uma exposição de fotografia da autoria de José Lopes, já há alguns anos radicado em Paris e sobre o qual nos fala o jornalista Álvaro Morna:
«Muito tempo
limitada ao eterno cliché da mala de cartão a Comunidade
Portuguesa em França encontrou enfim, em José Lopes, o seu
fotografo.
Homem simples e modesto, como todos os verdadeiros artistas,
José Lopes encontrou por sua vez, nos portugueses de França, a
expressão da sua arte.
Há quem diga que a fotografia é um acto de amor. Uma
afirmação que, sendo verdadeira, encontra neste fotografo a sua
plenitude.
José Lopes não se limita a fixar o bom e o mau. A sua objectiva
vai um pouco mais além daquilo que os nossos olhos vêm. Ela
penetra na expressão, interioriza a imagem, procurando adivinhar
o porquê de um momento.
Encontramos a força da sua imagem, nas sombras, no lampejo de um
olhar, no gesto furtivo e no contorno das formas. Que seja nos
salões alambicados das reuniões mundanas ou no quadro da
modesta festa da associação portuguesa, José Lopes sabe
registar com uma rara sensibilidade, a imagem que nos escapou ou
o instantâneo que nos fugiu.
Incansavelmente presente em todas as manifestações portuguesas
em França, José Lopes tem vindo a perenizar, através da
imagem, a História da nossa Comunidade. Um pesado tributo, que
não tem sido sempre reconhecido. Por isso mesmo, esta
exposição não deve ser, apenas um reconhecimento. Mas a
afirmação do valor de um artista que tão bem nos sabe oferecer
as cores multifacetadas de uma Comunidade, através das suas
fotografias a preto e branco.»