Direcção de
Santarém renovada
Mais
opinião para melhor intervenção
«Lutar, Construir, Crescer, por um PCP mais forte e organizado» foi o lema da 6.ª Assembleia da Organização Regional de Santarém, que juntou, no passado sábado, cerca de três centenas de militantes e simpatizantes do Partido.
De entre os participantes que encheram o Cine Teatro da Chamusca,
duzentos eram delegados eleitos directamente pelas Assembleias
Plenárias das organizações do distrito. Com dois pontos na
Ordem de Trabalhos - Análise e discussão da actividade da ORSA
e da Resolução Política e eleição da nova Direcção
Regional - os trabalhos foram bastante participados, com
intervenções que reflectiram a acção desenvolvida pelo
Partido nos últimos três anos.
A força das mulheres do Couço foi lembrada e aplaudida, assim
como a da juventude, patente em termos de organização e de
recrutamento. De resto, a Juventude Comunista, pela qualidade da
sua intervenção e pelo espírito de participação que
demonstrou, teve um importante papel na Assembleia.
Como tornar melhor a vida aos trabalhadores e às populações
foi a tónica da intervenção de Jorge Cordeiro, da Comissão
Política, que referiu a força das cerca de 30 intervenções
que marcaram a Assembleia, reafirmando a sua determinação de
luta, e apelou a mais opinião e mais acção como reforço da
intervenção do Partido.
Sobre a organização do Partido, Jorge Cordeiro referiu «que é
o instrumento fundamental» da ligação às massas, aos
trabalhadores e às populações, acrescentando que «reforçar a
organização e a participação dos militantes, alargar e
fortalecer a estrutura de direcção do Partido aos vários
níveis, definir as linhas prioritárias de acção política é
não só importante como decisivo».
Piores condições de vida
Amândio de Freitas,
dirigente da Federação dos Agricultores do Distrito e da CNA,
referiu o agravamento das condições de vida das populações,
designadamente em Santarém, e manifestou a sua preocupação
pelo provável encerramento de cerca de 400 lagares de azeite e
pela perda da quota do tomate, do milho e do melão, aquando do
III Quadro Comunitário de Apoio.
A precariedade no emprego foi tónica da intervenção de
Valdemar Henriques, coordenador da União dos Sindicatos de
Santarém e membro do Conselho Nacional da CGTP-IN, que apelou à
luta dos trabalhadores e à participação no 1.º de Maio.
Coube a Armando Rodrigues, do Comité Central e da DORSA, fazer a
apresentação da nova Direcção (eleita com uma abstenção),
onde salientou o seu alargamento a mais quadros jovens, mulheres
e quadros com intervenção em áreas sociais e institucionais.
Assim, a Direcção Regional conta agora com nove camaradas com
idades inferiores a 30 anos (sendo a média de idades de 41
anos), oito mulheres, sete dirigentes sindicais, dois
agricultores, dois Presidentes de Câmara, um Presidente de
Junta, quatro vereadores e vários eleitos em Assembleias
Municipais, dirigentes de colectividades e associações e uma
deputada à Assembleia da República.
A terminar, Carlos Carvalhas, antes de abordar a situação
política (ver extractos em separado), salientou a qualidade das
intervenções e reflexões efectuadas, referindo em particular o
papel dos jovens trabalhadores, a relação
organização/direcção, o Partido e o exercício do poder, a
educação e a preparação das próximas autárquicas. Para
Carlos Carvalhas, foram intervenções que ilustraram o nível de
preocupações do Partido, nomeadamente no desenvolvimento da
luta dos trabalhadores e da melhoria da vida das populações,
numa altura em que a política do governo PS se baseia «na
lógica do eleitoralismo», com interesses «que se sobrepõem
aos interesses das pessoas e da economia».