Acções
concretas de apoio à juventude em projectos de lei do PCP
Livros
escolares gratuitos
Assegurar manuais escolares gratuitos até ao 9º ano, criar condições especiais no acesso a serviços de transporte, saúde e cultura, e facilitar a constituição de associações juvenis, constituem objectivos do PCP. O primeiro passo foi dado com a entrega de três diplomas no Parlamento.
No primeiro caso, trata-se de garantir a todos os alunos a
gratuitidade dos livros escolares necessários à frequência da
escolaridade obrigatória. Nesse sentido, de acordo com o
articulado, o projecto de lei comete ao Governo, através do
ministério da Educação, a responsabilidade de definir a
aplicação da medida, seja distribuindo gratuitamente os livros,
seja através de um sistema de reembolso.
Na base desta iniciativa está o entendimento de que não
obstante a Constituição atribuir ao Estado a «responsabilidade
de assegurar o ensino básico, universal e gratuito», a verdade
é que a gratuitidade «está muito longe de se encontrar
garantida».
Recordado na nota preambular é designadamente o facto de as
despesas com a frequência da escolaridade obrigatória assumirem
«um enorme peso nos orçamentos familiares, limitando
objectivamente o pleno acesso aos graus de ensino que a
integra».
«Avançar no sentido da gratuitidade da escolaridade
obrigatória implica forçosamente que o Estado garanta o acesso
gratuito aos manuais escolares, pondo fim a obstáculos
económicos no acesso ao material didáctico indispensável ao
processo de ensino», sustentam os deputados comunistas.
Quanto ao projecto de lei que institui um regime especial para
jovens no acesso a serviços de transportes, saúde e cultura,
trata-se, basicamente, de actualizar o limite etário dos regimes
especiais de protecção em vigor, abrangendo actualmente as
crianças e jovens até aos 12 anos, alargando-o à idade limite
de 16 anos.
Tal alteração, na perspectiva do PCP, acompanha a evolução
registada na escolaridade obrigatória, que passou para nove
anos, bem como a operada para a idade mínima de ingresso na vida
laboral, hoje situada nos 16 anos. Para além de um regime de
preço reduzido nos passes e outros títulos de transporte, as
crianças e jovens até àquela idade beneficiarão também de
descontos no acesso a instituições como bibliotecas, museus,
teatros ou cinema, estando igualmente isentos do pagamento de
taxas moderadoras no acesso aos serviços de urgência, às
consultas e a meios complementares de diagnóstico e
terapêutica.
Por último, com o projecto que estabelece um processo especial
de constituição de associações juvenis, os deputados
comunistas pretendem «simplificar, desburocratizar e retirar
custos» aos processos de legalização, mudança de nome ou
alteração estatutária das associações juvenis.
É uma forma, sustentam, de eliminar entraves ao desenvolvimento
do associativismo juvenil, hoje confrontado com a «morosidade,
burocracia e custos» que caracterizam o actual processo de
legalização de associações.