Mi­lhares de ci­pri­otas turcos ma­ni­fes­taram-se, terça-feira, na parte Norte da ca­pital, Ni­cosia, pela reu­ni­fi­cação do país, di­vi­dido há cerca de 30 anos. Os or­ga­ni­za­dores re­ferem que esta ma­ni­fes­tação teve mais afluência do que outra se­me­lhante que se re­a­lizou o mês pas­sado e juntou mais de 30 mil pes­soas.

Estes pro­testos vão au­mentar a pressão sobre o líder ci­priota turco, Rauf Denk­tash, para aceitar a mais re­cente pro­posta das Na­ções Unidas para a reu­ni­fi­cação da ilha. Tanto os ma­ni­fes­tantes como fi­guras da opo­sição acusam Dent­kash de obs­truir as ten­ta­tivas da ONU para reu­ni­ficar o país.

O de­le­gado da ONU para a questão de Chipre, Al­varo de Soto, fez re­cen­te­mente mais um apelo para o acordo entre os lí­deres ci­pri­otas sobre a pro­posta das Na­ções Unidas. O líder ci­priota turco, Rauf Denk­tash, e ci­priota grego, Glafcos Cle­rides, reu­niram-se quarta-feira e têm até ao dia 28 de Fe­ve­reiro para chegar a um con­senso.

Al­varo de Soto está en­car­re­gado de con­se­guir um acordo de paz entre as duas partes, algo que não foi al­can­çado em De­zembro no en­contro pro­mo­vido pela União Eu­ro­peia em Co­pe­nhaga. Se­gundo o di­plo­mata, «a es­colha é entre este plano, que ainda pode pre­cisar de al­guns ajustes aqui e ali, ou ne­nhum plano».

Se a pro­posta de acordo for aceite será re­a­li­zado um re­fe­rendo em toda a ilha no dia 30 de Março. Se os ci­pri­otas re­jei­tarem a pro­posta po­derão ver em risco a pos­si­bi­li­dade de en­trarem para a União Eu­ro­peia. Sem o con­sen­ti­mento da zona turca, apenas os dois terços do país ge­ridos por ci­pri­otas gregos têm ga­ran­tida a en­trada na UE.