Polícias manifestam-se na Grécia

Mais de 300 po­lí­cias ma­ni­fes­taram-se na pas­sada sexta-feira em Nau­plia, no sul da Grécia, onde de­corria um con­selho in­formal dos mi­nis­tros da União Eu­ro­peia sobre o em­prego.

Rei­vin­di­cando au­mentos sa­la­riais e me­lhores con­di­ções de tra­balho, os agentes, de­pois de vá­rias ten­ta­tivas con­se­guiram romper forte cordão de se­gu­rança, con­cen­trando-se junto ao hotel que al­ber­gava o en­contro, onde foram cer­cado por forças de choque.

Para a lo­ca­li­dade, uma pe­quena es­tância bal­near, foram mo­bi­li­zados mais de dois mil ele­mentos de se­gu­rança com a missão de con­terem os cerca de 15 mil ma­ni­fes­tantes que ali foram pro­testar contra uma even­tual guerra no Iraque assim como contra o de­sem­prego e a po­breza, res­pon­dendo ao apelo do Par­tido Co­mu­nista (KKE) e do fórum so­cial grego.

Na ci­meira, os mi­nis­tros dis­cu­tiram a re­forma da es­tra­tégia co­mu­ni­tária de em­prego com vista a atingir o pleno em­prego em 2010, tal como se com­pro­me­teram na ci­meira de Lisboa, em 2000, apesar de os nú­meros mos­trarem o quanto a Eu­ropa con­tinua longe desse ob­jec­tivo.

Desde 1997, se­gundo os dados co­mu­ni­tá­rios, foram cri­ados 10 mi­lhões de em­pregos. Porém. para se atingir o pleno em­prego se­riam ne­ces­sá­rios mais 15 mi­lhões de postos de tra­balho, como re­cordou a co­mis­sária do pe­louro, Anna Di­a­man­to­polu.

A pre­si­dência grega já in­cluiu esta ma­téria na sua lista de pri­o­ri­dades, des­ta­cando-se a luta contra o tra­balho clan­des­tino e o au­mento de re­cursos hu­manos, me­di­ante uma gestão eficaz das cor­rentes mi­gra­tó­rias, como os prin­ci­pais vec­tores.

A for­mação ao longo da vida é outra me­dida cru­cial, de­fen­dida pela ac­tual pre­si­dência da União Eu­ro­peia no seu do­cu­mento de tra­balho, para me­lhorar a qua­li­dade dos postos de tra­balho e evitar novos riscos de ex­clusão na cha­mada so­ci­e­dade do co­nhe­ci­mento.

Os Quinze apostam ainda no pro­lon­ga­mento da vida la­boral dos ci­da­dãos e pre­tendem chegar a uma de­cisão que ins­ti­tu­ci­o­na­lize a «ci­meira so­cial tri­par­tida», entre a UE, os agentes so­ciais e a so­ci­e­dade civil. Em dis­cussão está ainda um po­lí­tica de pro­tecção so­cial eu­ro­peia, a qual foi ca­rac­te­ri­zada por Di­a­man­to­polu, como um de­bate «muito sen­sível», que não pro­cura uma har­mo­ni­zação dos di­fe­rentes sis­temas de pro­tecção so­cial da União, mas tão só a sis­te­ma­ti­zação do acervo co­mu­ni­tário nesta área.



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