- Nº 1522 (2003/01/30)
Marcado para 22 de Fevereiro, no Seixal

2.º Seminário Nacional sobre a Festa do Avante!

PCP

Oito ano depois do 1.º Seminário Nacional sobre a Festa do Avante!, realiza-se a 22 de Fevereiro, o 2.º Seminário, no Seixal. Em discussão estarão questões como a modificação de condicionantes que se verificou neste período e as orientações a seguir, de forma a que a Festa continue a ser uma importante iniciativa na intervenção política do PCP. O Avante! publica nesta edição os textos que servirão como base de trabalho no seminário.

I

O debate então realizado, a par de alguns objectivos não alcançados e de algumas propostas e ideias não desenvolvidas, apontou outros já atingidos e considerou ainda algumas recomendações que mantendo hoje completa actualidade são de recordar, não como ideias acabadas e definitivas, mas como bases de trabalho, património e experiências da Festa, adquiridas ao longo dos 8 anos entretanto decorridos.

 

1 - Sobre a Festa do Avante! na vida do Partido

 

1.1 - A Festa do Avante! é a Festa dos Comunistas, Festa da Juventude, Festa para todos.

 

1.2 - A Festa é um importante factor de mobilização e dinamização da organização do Partido, expresso na participação de milhares de camaradas na sua preparação, construção e funcionamento e também através da sua presença na Festa.

 

1.3 - A Festa é uma iniciativa da responsabilidade de todo o Partido: a concepção, promoção, construção e funcionamento devem, ser objecto de discussão e de intervenção mais sistemática e atenta de todas as Organizações e militantes do Partido.

 

1.4 - A realização da Festa exige cada vez mais, maior capacidade de organização e combate ao improviso

 

1.5 - A Festa tem de estar inserida no programa das actividades do Partido; a par de estruturas e equipas de trabalho centrais, devem coexistir nas organizações regionais e sectores, aos diversos níveis, estruturas mínimas de acompanhamento permanente das tarefas da Festa.

 

1.6 - São de rejeitar tendências que, centradas nos resultados financeiros a obter, contrariem o equilíbrio entre a necessária obtenção de recursos para a actividade partidária com o conteúdo político - cultural da Festa.

 

1.7 - A Festa tem de reflectir o Partido que somos, grande montra dos nossos elevados ideais comunistas e de valores profundamente democráticos, testemunho de um projecto de vida e de sociedade por que vale a pena lutar.

 

2 - Sobre a concepção e construção da Festa

 

2.1 – A Festa realizando-se numa zona verde protegida exige a execução de um programa de medidas de tratamento, protecção e expansão dos espaços verdes e de arborização, orientado para a necessidade de implementação de uma «Festa cada vez mais verde».

 

2.2 - Cada Festa uma nova Festa, procurando sempre novas soluções arquitectónicas e decorativas que contrariem a ideia de uma Festa já vista; não fixação na localização das diversas organizações.

 

2.3 - Um projecto bem estudado é indispensável à economia, à eficácia da construção e ao bom funcionamento de todos os aspectos da Festa.

 

2.4 - Um espaço próprio limitado e diferenciado das zonas comerciais (e de representação institucional), que evite confusões dos visitantes e assegure a manutenção das características da Festa.

 

2.5 - A importância fundamental do trabalho militante, que se deve combinar com o trabalho da equipa permanente, o trabalho remunerado, e o trabalho que, pelas suas características e especificidade, se torne necessário entregar a empresas contratadas.

 

2.6 - A organização e o aproveitamento do trabalho militante é uma tarefa de primeira importância, assegurando um melhor planeamento, organização e aproveitamento das jornadas de trabalho.

 

2.7 - Melhoria das condições de trabalho, de segurança, de apoio, de descanso e de higiene aos milhares de camaradas que participam nas jornadas de trabalho e aos que asseguram o funcionamento da festa.

 

2. 8 – O ambiente durante a construção da Festa, sendo um poderoso meio de mobilização, exige uma melhor atenção, acompanhamento e intervenção política com a realização de iniciativas de debate, culturais e de convívio que contribuam para a formação dos camaradas e estimulem uma saudável ocupação dos tempos livres.



3 - Sobre o programa político e cultural

 

3.1 - A Festa como grande iniciativa política e cultural do Partido, que importa conciliar de forma equilibrada com a necessidade da obtenção de recursos financeiros.

 

3.2 - Um programa político e cultural com um conteúdo diversificado, em que se conjugue a iniciativa central com a das organizações regionais, sectores e frentes de trabalho.

 

3.3 - Um programa cultural e de espectáculos que contemple e tenha em conta a diversidade social e etária dos visitantes da Festa (diversidade de expressões culturais e artísticas).


4 – Sobre o funcionamento da Festa

 

4.1 - A imagem pública da Festa como espaço de liberdade, camaradagem e convívio corresponde a uma característica central da Festa, com enormes potencialidades políticas, que é indispensável valorizar e defender.

 

4.2 - Melhoria geral do funcionamento da Festa com o respeito pelas normas estabelecidas e pela garantia de melhores condições de conforto e segurança dos seus visitantes.

 

4.3 – Quanto ao ambiente sonoro, que se evite a sua transformação em poluição sonora, pelo uso de potências que impedem o convívio e contribuem para gerar estados de tensão.

 

4.4Respeito pelas regras estabelecidas, disciplinando o horário de encerramento da Festa e dos pavilhões e também o parqueamento e condições de circulação de viaturas no terreno (antes e durante a Festa).

 

4.5 – Reforço das condições de segurança da Festa onde as equipas de segurança devem estar em condições de com elevada eficácia assegurar a função eminentemente dissuasora e oferecer confiança aos visitantes, circulando de forma discreta mas visível.

 

4.6 – Quanto ás condições de higiene, reforço das medidas de limpeza do terreno e sanitários bem como controlo das condições de higiene na confecção e serviço nos restaurantes e bares.

 

4.7 – Criação de zonas de sombra e descanso e combate ao pó, criando melhores e mais cómodas condições aos visitantes.

 

5 - Sobre o financiamento da Festa

 

5.1 - Responsabilidades do financiamento da Festa são garantidas através da sua partilha equilibrada entre a estrutura central da Festa e as organizações e sectores participantes.

 

5.2 - Garantir o equilíbrio e autonomia financeira da Festa.

 

5.3 – Combate ao desperdício, contenção nas despesas e o cumprimento dos orçamentos.

 

5.4 - Promoção da EP como direito de entrada na Festa durante os três dias e também como título de solidariedade.

 

5.5 - Reforçar a batalha da venda antecipada da EP através do trabalho militante das organizações, única forma eficaz de proteger a Festa de um desastre financeiro.

 

6 - Sobre a Promoção da Festa


 6.1 - Promoção e propaganda da Festa são responsabilidades da direcção da Festa e das organizações regionais através da utilização de meios partidários (boletins, folhetos, etc.).

 

6.2 - Divulgar com maior antecedência e destaque o seu programa e espectáculos.

 

6.3 –Intensificação dos contactos com as rádios locais e a imprensa regional, em torno da presença regional e local na Festa. 

 

II

 

Nas actuais condições políticas, sociais e partidárias há um conjunto de questões e temas que devem ser debatidos, de forma a clarificar e organizar as orientações necessárias ao prosseguimento da tarefa da construção de «mais e melhor Festa».

 

Não pretendendo esgotar aqui as questões a discutir, alinha-se neste ponto um guião de ideias para abordagem nos presentes debates de preparação do seminário.

 

A- A Festa na vida do Partido: mobilização, organização e promoção

 

 

B – Programação

 

 

C – Concepção e Construção

 

 

D – Funcionamento e financiamento