As organizações do PCP continuam a realizar, um pouco por todo o País, reuniões, encontros e debates para analisar a situação política e social nas suas regiões e mobilizar os trabalhadores e as populações na luta por melhor qualidade de vida.
A Direcção da Organização Regional de Santarém do PCP, por exemplo, realizou, recentemente, em Alpiarça, uma reunião distrital de quadros, de cujo debate resultou um conjunto de apreciações e contributos para o aprofundamento da acção e intervenção do PCP face aos problemas das populações e para o enriquecimento e valorização da acção dos comunistas nas autarquias.
A afirmação de que o trabalho do Partido, no plano local, não se esgota na intervenção autárquica, a necessidade de um maior envolvimento das organizações na resolução dos problemas locais e a necessidade se valorizar traços distintivos do trabalho autárquico nos casos em que os comunistas e a CDU têm responsabilidades de gestão, foram alguns dos pontos aprovados e discutidos pelos quadros comunistas de Santarém.
A DORSA expressou, por fim, a sua preocupação em relação à «febre privatizadora» do governo em relação aos serviços públicos associados ao abastecimento de água, tratamento de esgotos e resíduos sólidos, pelas suas «gravosas consequências para o orçamento das famílias».
A Comissão Distrital de Bragança do PCP, por sua vez, analisou as preocupações da população, designadamente nas áreas da saúde, do Ensino, dos CTT e do aumento vertiginoso do desemprego na região, chamando, ainda, a atenção para as transformações que a agricultura portuguesa vai enfrentar com a revisão da Política Agrícola Comum (PAC), que, «a somarem-se às dificuldades já existentes, no sector, poderão levar ainda mais agricultores à ruína».
Finalmente, a Distrital de Bragança decidiu lançar uma campanha de fundos no valor de 5 mil euros, comemorar o 82.º Aniversário do PCP e, no quadro de preparação do Encontro Nacional do PCP sobre o Poder Local, realizar reuniões de militantes em todos os concelhos.
Reforçar a organização do Partido
A degradação das relações de trabalho no concelho de Guimarães foram também analisadas pela Comissão Concelhia de Guimarães do PCP, que denuncia o facto de a administração da Coelima, em Pevedim, ter decidido sancionar os trabalhadores que, na greve geral de 10 de Dezembro, exerceram o seu direito à greve, com destaque para a secção de estamparia, onde a administração retirou o «prémio» aos trabalhadores que fizeram greve.
A Comissão Concelhia de Guimarães do PCP, expressando a sua indignação pelas medidas persecutórias tomadas pela administração da Coelima, solidarizou-se com os trabalhadores e com a luta que desenvolvem em defesa dos seus direitos.
Também a Comissão Concelhia do Seixal do PCP, eleita na 8.ª Assembleia da Organização, procedeu, em Fevereiro, ao balanço do trabalho e das conclusões da assembleia, assumindo o compromisso de levar por diante as suas orientações nas quais se destacam «o prosseguimento da luta em defesa dos trabalhadores e da população do concelho».
Sobre os efeitos da política do Governo do PSD/PP na região, a Comissão Concelhia do Seixal denunciou a deslocalização de empresas para outros países na busca de mão de obra mais barata, depois de terem recebido do Estado português fundos e isenções fiscais. A ALCOA (ex-Indelma), que se prepara «para reduzir várias centenas de postos de trabalho», é disso exemplo.
A política de privatização de empresas públicas - caso da Siderurgia Nacional -, a contenção salarial, o aumento de preços, o Pacote Laboral e a «obsessão dos EUA em desencadear uma nova guerra contra o Iraque» foram outros dos pontos debatidos pelos comunistas do Seixal.