A última Assembleia Municipal de Valongo começou mal e acabou mal, diz a Comissão Concelhia do PCP, apreensiva com a maneira como a maioria entende o funcionamento democrático daquele órgão institucional e a dificuldade com que reage a situações de maior complexidade e exaltação de ânimos. Mostrou, aliás, que a presença de cidadãos comuns – no caso um considerável número de feirantes e comerciantes preocupados com o futuro – «incomoda alguns políticos da direita no poder».
Desde logo, a presença no início da sessão de um enorme aparato de segurança indignou os membros da Assembleia Municipal e a população que se encontrava a assistir. No final, a presidência da Assembleia originou uma situação inconclusiva no que se refere à questão da passagem da localização da feira semanal de Valongo para a área que circunda o apeadeiro de Susão. Aceitou para discussão posterior um requerimento no sentido de passar à votação sobre o problema, mas de imediato passou à sua votação, motivando os protestos generalizados da assistência e dos deputados da oposição que, conjuntamente com um deputado do PSD, abandonaram a sala, sem votar. E, como se nada fosse, o presidente prosseguiu a Assembleia.