Apesar do coro de protesto que em todo o mundo se levantou contra a condenação à morte, pelo Tribunal da Charia, de Amina Lawal, nigeriana de 30 anos, acusada de adultério por ter sido mãe fora do casamento, o Tribunal de Recurso de Funtura confirmou a sentença, em Agosto de 2002.

O facto de, no próximo dia 25 de Setembro, ter lugar uma nova audiência de recurso da sentença, está a gerar de novo uma onda de solidariedade em todo o mundo, que reclama indignado a sua anulação. Também em Portugal, um abaixo-assinado - que percorreu toda a Festa do Avante, a partir do Pavilhão da Mulher - faz a mesma exigência. É que se os recursos da Sentença falharem «Amina será executada em Janeiro de 2004, quando o seu bébé, uma menina, já não for amamentado».
Trata-se de «uma sentença bárbara», que viola a Constituição nigeriana e os compromisso internacionais assumidos por aquele país, denunciam os subscritores, lembrando que o homem que vivia com Amina foi libertado «por ter jurado sobre o Corão que não tinha tido relações sexuais com ela».
Os comunistas, particularmente as mulheres comunistas, aliam-se assim ao coro internacional que exige a anulação da sentença do tribunal da Charia e apelam a todos os que perfilham ideias de justiça e liberdade para que o façam também.