
- Nº 1554 (2003/09/11)
Espaço da Ciência e Tecnologia
Outras energias
Festa do Avante!
Uma fotografia aérea, mostrando o percurso desde o Fogueteiro à Quinta da Atalaia, seguida de três dezenas de listas telefónicas, serviam para representar a história da Terra e assinalar alguns momentos-chave da sua cronologia. Umas dezenas de folhas de papel, no final da fieira de listas, representavam os dois mil anos da era cristã. Por fim, um cartaz alertava que, em duzentos anos, consume-se energia solar fóssil acumulada durante milhões e milhões de anos.
Este foi o problema escolhido para esta Festa no espaço da Ciência e Tecnologia do Pavilhão Central. Aqui também houve debates, mas a atenção do visitante era atraída sobretudo por números e factos com representação a duas ou três dimensões e até com cheiro. Além da «árvore» dos produtos derivados do petróleo, também se viam os falcões da guerra do Iraque e um balde de crude derramado pelo Prestige. A par da evolução da energia, em sentido tão lato que indicava os escravos como mananciais de energia, descrevia-se as formas de o homem a usar, sobressaindo as disparidades entre os países industrializados e o resto do Mundo.
Como solução, defende-se uma gestão de recursos que assente em fontes de energia renovável e segura, nomeadamente a energia solar, capaz de mover um automóvel ecológico, miniaturas de moinhos e outros modelos de levar para casa, alimentar uma cascata de jardim ou um fogão doméstico.
O espaço da Ciência prolongava-se no exterior do Pavilhão Central, numa tenda colocada perto do lago e do Palco 1.º de Maio, onde os visitantes eram convidados a atentar no que se passa lá no alto: literalmente para ver estrelas e outros astros, ali esteve mais uma vez o espaço da Astronomia.