Paris e Londres concertam defesa

A França e a Grã-Bretanha apoiam a criação de uma força de reacção rápida europeia para apoiar as Nações Unidas em caso de crise desde que o papel da NATO não seja posto em causa.
Num documento divulgado no final da 26ª cimeira franco-britânica, os dois países, principais potências militares europeias dotadas de armas nucleares, «reafirmaram o seu apoio à organização e direcção pela União Europeia de uma missão coordenada na Bósnia», após o fim da missão da Força de Estabilização da NATO (SFOR).
Contudo, na conferência de imprensa conjunta com o presidente francês, Jacques Chirac, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, teve o cuidado de sublinhar que o aumento de poder de uma defesa europeia não tem por objectivo enfraquecer a NATO. «A NATO continuará a ser a pedra angular da nossa defesa» disse Blair, ponto de vista que o presidente francês afirmou «partilhar totalmente». «A França não tem problemas com a NATO», repetiu Chirac várias vezes. «A NATO está no coração do nosso sistema de defesa e não podemos atacar o seu coração».
Sobre a criação de um estado-maior europeu distinto do da Aliança Atlântica, questão que divide Paris e Londres, Chirac mostrou- se optimista. «Chegaremos a um acordo com os nossos amigos britânicos», disse.
No encontro, os dois dirigentes não esconderam as divergências em relação ao Iraque, tendo Chirac considerado a proposta norte-americana sobre a transferência do poder para os iraquianos «positiva, mas insuficiente e incompleta».
Na sua opinião, a transferência «parece prevista para um período de tempo um pouco longo» e o papel da ONU está «insuficientemente especificado».


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