O governo boliviano marcou para o próximo dia 28 de Março um referendo nacional sobre a estratégia a seguir em relação à exploração do gás natural do país.
Esta medida surge na sequência das poderosas greves de final do ano passado que culminaram com a demissão do então presidente Gonzalo Sanchez de Lozada, substituído entretanto por um executivo liderado por Carlos Mesa.
Os ruinosos contratos de exploração e exportação celebrados pelo anterior presidente motivaram o amplo protesto popular e a exigência de que fosse o povo a decidir o destino do mais valioso recurso natural do país.
A Bolívia é, a seguir à Venezuela, a segunda maior reserva de gás natural da América Latina, tornando-se para as multinacionais do sector um «apetitoso» território.