Face ao conflito existente entre os trabalhadores e o patrão da Sociedade de Porcelanas, a Câmara e a Assembleia Municipal de Coimbra aprovaram moções exigindo a manutenção dos postos de trabalho em Coimbra, à data da assinatura do protocolo da empresa com a Câmara e a não deslocação dos trabalhadores para a Batalha. Mais, a aprovação do projecto de urbanização apenas quando fosse construída em Coimbra uma nova unidade fabril, para onde seriam transferidos os trabalhadores.
A pressão feita pelos trabalhadores presentes nessas reuniões levaram, ainda, à nomeação pelo presidente da Câmara de dois vereadores de reunirem com o patrão da empresa, dando-lhe conhecimento destas resoluções. Porém, duas semanas passadas, os trabalhadores não sabem se a reunião se realizou ou qual o seu resultado. Sabem que estão a receber cartas com processos disciplinares, por faltas «injustificadas», apesar de cumprirem o horário de na fábrica de Coimbra. Decidiram então permanecer em vigília à porta da empresa, para impedir a saída de material acabado, exigindo que o patrão retome a laboração.
Afinal, pergunta o Organismo Cerâmico de Coimbra do PCP, o que tem feito a Câmara? Estará à espera do desfecho dos processos disciplinares ou que a empresa encerre?