A Comissão Concelhia de Ourém do PCP, comentando o aumento dos tarifários da água e as afirmações que, a propósito da sua denúncia, o presidente da Câmara Municipal de Ourém fez - de que não analisa «o que não tem objectivos sérios» - acusa-o de ele, sim, não os ter. Não se preocupou com os efeitos das suas decisões nos consumidores, revelou incompetência na condução deste e de outros processos e não esclareceu devidamente os consumidores sobre as repercussões dos aumentos.
De facto, quando em Outubro, a Câmara aprovou o aumento da água e da recolha de resíduos sólidos, a entrar em vigor em 1 de Janeiro de 2004 – sem se saber quanto os consumidores iriam pagar -, o PCP fez as contas e chamou a atenção para a desproporção dos aumentos relativamente à inflação e aos aumentos salariais. Mais tarde a Câmara revogou a decisão e aprovou um novo tarifário, para entrar em vigor a 12 de Janeiro. Soube-se, entretanto, que os aumentos aprovados em Outubro não tiveram aval do Tribunal de Contas, tendo, então, o presidente da Câmara dito a uma jornalista, que para já não iria haver aumento da água». Soube-se, porém, logo a seguir, que, afinal, ia haver um aumento com base na inflação.