Para colmatar a tragédia que se abateu em Portugal, no passado Verão, o Governo instituiu um Fundo Florestal Permanente, que, à partida, vai financiar acções públicas e privadas de intervenção no sector florestal, particularmente nos domínios de prevenção e combate a incêndios, de reflorestação de áreas ardidas e de ordenamento florestal.
Entretanto, e como já vem sendo hábito, este Executivo, porque são necessários 30 milhões de euros, aumentou mais uma vez os combustíveis, medida que veio prejudicar em muito todos os portugueses, os agricultores em particular.
Manifestando-se contra esta política, a Confederação Nacional dos Agricultores (CNA), em nota enviada à comunicação social, contestou fortemente a proveniência das verbas que o Governo decretou para financiar este projecto.
«Não é junto que todos estejamos a pagar esta nova e “cega” taxa que vem onerar os custos dos combustíveis», lamentam os agricultores, afirmando que o justo seria que o fundo fosse financiado, em parte, à custa do imposto normal sobre os combustíveis e por outro lado, através da taxação especial da actividade das grandes indústrias da fileira florestal e dos grandes proprietários florestais.