A célula do PCP no Banco Totta & Açores alerta para as «ligações perigosas» existentes entre esta instituição bancária – controlada pelo Santander – e a multinacional Parmalat, entretanto vindas a público na imprensa nacional e estrangeira. Os comunistas lembram que o tribunal que investiga a falência da multinacional detectou o envolvimento do banco numa operação envolvendo 290 milhões de euros de obrigações vinculadas à solvência da Parmalat. Esta operação foi efectuada através de uma filial off-shore do Totta & Açores nas Ilhas Caimão. A célula comunista acusa o administrador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, e o ministro da Economia Carlos Tavares de nada dizerem acerca do sucedido. Na opinião dos comunistas, estas notícias revelam o secretismo que envolve as actividades nos off-shores, onde não se sabe que onde nem para onde vai o dinheiro. O PCP acusa a banca desnacionalizada de obedecer aos centros do capital financeiro multinacional, contrários ao interesse nacional. E lembra que esta ainda beneficia de isenções fiscais em operações de bolsa e de pagarem apenas 13 por cento de IRC. Em contrapartida, os trabalhadores e as pequenas empresas pagam impostos três vezes mais elevados relativamente aos seus rendimentos.