Máscaras do anticomunismo
«Carlos Paredes fez da música e da guitarra portuguesa a sua vida. À esquerda e á direita, a “inteligentsia” reivindicava-o como herói da sua causa. Foi vê-lo (a ele e a outros) actuar de graça por esse país fora, no rodopio do pós-25 de Abril, a cantar a “liberdade” e a “justiça”, em nome de partidos com poucos escrúpulos. Estava encontrado, com despesas reduzidas de manutenção, o embaixador do nosso fado e dos valores tradicionais ou o “porta-voz” das classes desfavorecidas na luta pelos amanhãs que cantam, conforme o exigiam a ocasião e os interesses em causa. Ele existia e tocava, tocava sempre, e isso bastava-lhe».
(Público 24JUL04)
Seria estultícia nossa responder á estupidez, desvergonha, ausência de dignidade profissional da prosa cavernícola do jornalista (!!) do Público na morte de Carlos Paredes, músico genial e comunista, membro do Partido Comunista Português. É um facto que não fez o que outros jornalistas e alguma comunicação social fizeram, numa manifestação típica de anticomunismo: ocultar a sua condição de militante comunista. Mas o seu texto ilustra bem, uma máscara corrente de um certo anticomunismo intelectualoide.
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