A ameaça de chuva que por vezes pairou sobre a Quinta da Atalaia não afectou minimamente os mais novos que, indiferentes a tais «pormenores», aproveitavam plenamente os jogos e brincadeiras que o Espaço Criança lhes oferecia.
Com uma estrutura em forma de casa, onde numa bela sala não faltavam os sofás e a televisão (tudo pintado na parede, claro!), o pavilhão apresentava-se convidativo. Na sexta-feira, ainda a festa mal tinha começado, já algumas crianças lá se dirigiam, na busca de umas pinturas na cara. Mas as pinturas só começavam no sábado. O desapontamento - se o houve, que sábado era já no dia seguinte -, não as impediu de usufruírem de outras brincadeiras que o parque em frente lhes proporcionava. O escorrega, com pistas de vários tamanhos de forma a permitir mesmo aos mais pequeninos divertirem-se, era talvez a estrutura mais procurada, mas para os menos audazes havia, ainda, um sobe-e-desce, baloiços e até uma espécie de cabana de madeira, cujas paredes exteriores podiam ser escaladas e dentro era possível dar largas à imaginação.
Os mais velhos observavam a exposição que numa outra parede da «sala» exibia fotografias de várias iniciativas levadas a cabo pela Associação «Pioneiros de Portugal» - acampamentos de férias, feiras do livro, exposições de trabalhos feitos por crianças e diversas iniciativas culturais promovidas por esta associação. Alguns, porque haviam nelas participado iniciativas, tentavam encontrar-se lá.
Entretanto, os «monitores» observavam atentos as brincadeiras, prontos a intervir em qualquer zaragata, queda ou choro que eventualmente ocorresse, para além do apoio que davam nas oficinas e animação e aprendizagem que decorriam naquele espaço.
Como habitualmente, o pavilhão da criança era servido por um bar, o «Bar Pioneiral», onde as sanduíches, os refrescos ou o gelado podiam ajudar os mais «atarefados» nas brincadeiras a não perder pitada.