O encerramento do Túnel do Rossio, e a interrupção da circulação ferroviária a partir daquela estação, deve-se, para o PCP, à incompetência do Governo. Os comunistas de Lisboa lembram que desde há quatro anos que diversos estudos apontavam a necessidade de obras no Túnel, mas que nada foi feito. Com o último relatório do LNEC (que somava mais uma «zona crítica» às quatro ou cinco já diagnosticadas anteriormente) decidiu-se encerrar o túnel para obras. Para o PCP, há que saber se o dito relatório esteve, como se diz, retido e sem decisão durante horas e horas. É que a ser assim «ainda mais grave se torna a forma impreparada como foi tomada a decisão, sem conhecimento e aviso prévio aos utentes, e sem o estabelecimento de um plano alternativo de oferta de serviço público de transportes, com gravíssimos prejuízos e incómodos para toda a gente», acusa a Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP. Esta «política errada, o desleixo, o deixa-andar, afecta cerca de meio milhão de portugueses», afirma a DORL que acusa o Governo de prometer e a investir «em projectos de TGV’s e similares» e depois deixa vir ao de cima a «verdade nua e crua: o essencial é descurado». O PCP continua a exigir, como sempre fez, a modernização da rede ferroviária nacional.