Estudantes protestam em Lisboa e em Braga
Milhares de estudantes do ensino superior de todo o País protestaram em Lisboa na quinta-feira. A manifestação foi decidida no Encontro Nacional de Dirigentes Associativos e visou a revogação da Lei de Bases da Educação e da Lei de Financiamento do Ensino Superior, a retirada da Lei de Autonomia e o aumento do investimento na Acção Social Escolar.
Alunos de Lisboa, Porto, Coimbra, Faro, Aveiro, Viseu e Covilhã percorreram o caminho entre a Cidade Universitária e a Assembleia da República, contestando as propinas, as bolsas baixas, a falta de qualidade do ensino e a retirada da participação nos órgãos de gestão das escolas.
Na véspera, os alunos do pólo de Braga da Universidade do Minho manifestaram-se nas ruas da cidade para mostrar «o seu desagrado face à política do actual Governo para o Ensino Superior», nas palavras de Jorge Cristino, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho. «Bolsas sim, propinas não!» «Este governo não tem educação!» e «Acção social não existe em Portugal!» foram algumas das palavras de ordem mais ouvidas na iniciativa.
O protesto procurou ainda alertar a sociedade para «o peso da formação superior no desenvolvimento económico, social e cultural do País», segundo Jorge Cristino. Os estudantes lembram que a propina na instituição este ano é de 740 euros, mais 140 euros do que no passado ano lectivo, e que o orçamento dos serviços de acção social diminuiu quatro por cento, apesar desta ser a universidade com mais bolseiros do País.
Os estudantes minhotos querem que «o objectivo do processo de Bolonha não seja pervertido» e exigem que o Governo adopte o modelo de 4+1 anos (quatro de licenciatura e um de mestrado) e não os 3+2 propostos pelo Ministério do Ensino Superior. «A redução do número de anos das licenciaturas não pode ser mais uma forma encapotada para a continuação do sucessivo desinvestimento no ensino superior», acrescentou o dirigente estudantil.
Momento de crise
Ainda no dia 3, os 24 estudantes membros do Senado da Universidade de Coimbra demitiram-se em bloco em protesto contra os confrontos com a PSP a 20 de Outubro. Para Miguel Duarte, presidente da Associação Académica de Coimbra, a Universidade de Coimbra «violou o conceito de universidade autónoma, livre e democrática, chamando as forças policiais para resolver as questões políticas da universidade, que apenas dizem respeito à comunidade universitária».
«O actual momento é de crise. Depois das agressões levadas a cabo pelas forças policiais os estudantes retiraram a confiança política ao reitor. Os acontecimentos marcam pela negativa os últimos 30 anos de democracia e ferem profundamente a nossa consciência», afirmou na ocasião.
Alunos de Lisboa, Porto, Coimbra, Faro, Aveiro, Viseu e Covilhã percorreram o caminho entre a Cidade Universitária e a Assembleia da República, contestando as propinas, as bolsas baixas, a falta de qualidade do ensino e a retirada da participação nos órgãos de gestão das escolas.
Na véspera, os alunos do pólo de Braga da Universidade do Minho manifestaram-se nas ruas da cidade para mostrar «o seu desagrado face à política do actual Governo para o Ensino Superior», nas palavras de Jorge Cristino, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho. «Bolsas sim, propinas não!» «Este governo não tem educação!» e «Acção social não existe em Portugal!» foram algumas das palavras de ordem mais ouvidas na iniciativa.
O protesto procurou ainda alertar a sociedade para «o peso da formação superior no desenvolvimento económico, social e cultural do País», segundo Jorge Cristino. Os estudantes lembram que a propina na instituição este ano é de 740 euros, mais 140 euros do que no passado ano lectivo, e que o orçamento dos serviços de acção social diminuiu quatro por cento, apesar desta ser a universidade com mais bolseiros do País.
Os estudantes minhotos querem que «o objectivo do processo de Bolonha não seja pervertido» e exigem que o Governo adopte o modelo de 4+1 anos (quatro de licenciatura e um de mestrado) e não os 3+2 propostos pelo Ministério do Ensino Superior. «A redução do número de anos das licenciaturas não pode ser mais uma forma encapotada para a continuação do sucessivo desinvestimento no ensino superior», acrescentou o dirigente estudantil.
Momento de crise
Ainda no dia 3, os 24 estudantes membros do Senado da Universidade de Coimbra demitiram-se em bloco em protesto contra os confrontos com a PSP a 20 de Outubro. Para Miguel Duarte, presidente da Associação Académica de Coimbra, a Universidade de Coimbra «violou o conceito de universidade autónoma, livre e democrática, chamando as forças policiais para resolver as questões políticas da universidade, que apenas dizem respeito à comunidade universitária».
«O actual momento é de crise. Depois das agressões levadas a cabo pelas forças policiais os estudantes retiraram a confiança política ao reitor. Os acontecimentos marcam pela negativa os últimos 30 anos de democracia e ferem profundamente a nossa consciência», afirmou na ocasião.