Atentado na Venezuela tenta travar revolução

O juiz venezuelano Danilo Anderson foi assassinado na quinta-feira da semana passada à porta da sua residência em Caracas. O juiz era o responsável pela condução da investigação que visa apurar os responsáveis pelo golpe contra o governo do presidente Hugo Chavez, em 11 de Abril de 2002.
Anderson sucumbiu à explosão de dois engenhos colocados na sua viatura. Embora não seja ainda possível indicar com rigor os autores materiais do crime, as primeiras suspeitas apontam precisamente para o conjunto de «oposicionistas» envolvidos no golpe militar então derrotado.
Em comunicado ao país, divulgado dois dias após o atentado, o executivo venezuelano afirmou que a batalha que Anderson travava contra a impunidade «fizeram dele o alvo da ira e da vingança dos que consideram ter licença para cometer qualquer crime sem por ele terem que pagar, porque aos olhos do sistema de justiça o seu poder torna-os intocáveis».
O governo bolivariano incita ainda a população a não se deixar levar pela política do medo, a qual pretende «deter as investigações; abalar a sociedade e desviar o carácter pacífico da revolução; impedir a aprovação de leis progressistas na Assembleia Nacional».
A concluir, o texto apela ao povo venezuelano para que continue a dar corpo às profundas alterações que se verificam no país e lança o apelo para que a exigência de transparência e honestidade nos meios judiciais seja a palavra de ordem de toda a população.


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