A célula do PCP na Euronadel, empresa de fabrico de agulhas situada no concelho de Cascais, acusa a nova administração de apostar na repressão e desrespeito pelos direitos dos trabalhadores, «colocando em causa o direito à livre negociação». Esta atitude contrasta com a posição inicial da administração, de «disponibilidade para o diálogo sobre os problemas».
Denunciando o recurso a «métodos pidescos para tentar amedrontar os trabalhadores e desmobilizar a sua justa luta por melhores condições salariais e de trabalho», os comunistas trabalhadores da empresa notam que ao mesmo tempo «prossegue a concentração da riqueza produzida, nos bolsos de alguns poucos, enquanto a larga maioria continua a ver adiada a discussão do novo caderno reivindicativo, onde constam propostas de aumento salarial».
A célula do Partido na empresa afirma que os «trabalhadores da Euronadel merecem respeito» e por várias razões: «Pelo contributo e esforço dado no sentido de garantir que a empresa tenha um papel importante no contexto da economia portuguesa». E merecem, afirmam os comunistas da Euronadel, que «haja respeito e diálogo com os seus órgãos representativos» e a discussão do caderno reivindicativo para 2005. Exigindo uma nova gestão e o respeito pelos direitos dos trabalhadores, o PCP solidariza-se com os trabalhadores da empresa.