O Tribunal de Milão terá concluído um processo de investigação que abrange 14 pessoas, entre as quais o primeiro-ministro de Itália, Silvio Berlusconi e o presidente do seu império mediático Mediaset, Fedele Confalonieri.
Segundo a imprensa italiana de domingo, 21 de Fevereiro, o Ministério Público tem na sua posse indícios de escritura falsa, fraude fiscal e branqueamento de dinheiro num negócio de venda de direitos audiovisuais.
Os direitos de retransmissão terão sido adquiridos a uma sociedade norte-americana por duas empresas off-shore, controladas por Berlusconi, que de seguida os terá revendido ao seu grupo Mediaset por um preço inflacionado, criando um buraco de 280 milhões de euros na contabilidade do grupo.
A investigação incide sobre transacções num montante de 470 milhões de euros, efectuadas entre 1994 e 1996, período em que Berlusconi, por ter entrado na vida política, delegou a gestão do seu império.
O primeiro-ministro italiano já foi arguido em pelo menos sete processos de corrupção, tendo conseguido sempre escapar a uma condenação.