A Assembleia Municipal do Porto chumbou, na passada semana, a participação do município no capital da Fundação Casa da Música. A proposta contou com os votos contra dos deputados municipais dos três partidos da oposição.
Artur Ribeiro, deputado municipal da CDU, afirmou, em declarações aos jornalistas, que este chumbo ficou a dever-se ao facto dos estatutos propostos concederem demasiado poder aos privados, apesar de serem as entidades públicas as que têm maior peso percentual no capital da nova formação.
Na mesma semana, a Câmara do Porto decidiu pedir à, então, ministra da Cultura para ignorar o parecer do Instituto do Património Arquitectónico (IPPAR) que chumbou a saída do Túnel de Ceuta junto ao Museu Soares dos Reis.
A deliberação, aprovada em sessão privada do Executivo camarário, apoiou-se numa recomendação apresentada pelo único eleito da CDU na autarquia, Rui Sá, que também colheu os votos favoráveis do PSD e CDS-PP e registou votos contra dos seis eleitos do PS.
Entretanto, sobre a requalificação do Parque da Cidade do Porto, Rui Sá anunciou, em declarações à comunicação social, que o projecto não vai ser cumprido integralmente porque existe indefinição sobre um eventual segundo viaduto para o metropolitano. «Não vamos fazer tudo o que estava (previsto) no projecto, porque está em cima da mesa a possibilidade de construção de um segundo viaduto», referiu o, também, vereador do Ambiente , na apresentação do projecto de requalificação do remate Poente do Parque da Cidade.