Os EUA e os direitos humanos
A notícia é já oficial: os EUA preparam-se para apresentar em Genebra, na Comissão de Direitos Humanos (CDH) da ONU, um projecto de resolução contra Cuba.
A novidade não está na existência do projecto, uma iniciativa recorrente há vários anos, mas no facto de Washington não ter conseguido, desta vez, que um dos seus cães de fila lhe assumisse a paternidade, prestando-se a ser a voz do dono na reiterada tentativa de denegrir o regime cubano.
Esta derrota moral, que obriga os EUA a assumir publicamente o trabalho sujo que costuma impulsionar nos bastidores, permite acalentar a esperança de significativas mudanças na orientação da CDH no futuro próximo.
Para o facto terá contribuído a sucessão de escândalos impossíveis de ocultar envolvendo os EUA e os seus aliados, que puseram a nu a profunda hipocrisia reinante num organismo das Nações Unidas que por maioria de razões deveria estar acima de toda a suspeita.
Lembremos, por exemplo, o facto de no último ano a União Europeia – sempre pronta a ameaçar Cuba com sanções a pretexto dos direitos humanos – se ter recusado a apoiar um projecto visando investigar as sistemáticas e flagrantes violações dos direitos humanos cometidas contra os mais de 500 prisioneiros ilegalmente mantidos pelos EUA na base naval de Guantánamo, sem culpa formada e sem direito a defesa.
Lembremos os escândalos das torturas na prisão de Abu Ghraib, no Iraque, e nas suas congéneres no Afeganistão e em tantos outros países do mundo conhecidos pelas suas práticas de tortura, para onde a administração Bush exporta os prisioneiros a quem não reconhece sequer a condição humana.
Lembremos o plano Bush de «apoio à transição» de Cuba, aprovado em Maio de 2004, cujo objectivo declarado é o de «acelerar a mudança de regime» recorrendo a todos os meios possível, sem excluir os militares, e para o qual já foram disponibilizados 59 milhões de dólares adicionais para os próximos dois anos para o pagamento de mercenários ao serviço de Washington.
Podíamos também lembrar os cinco patriotas cubanos presos nos EUA; as guerras preventivas; o uso de todo o tipo de armas proibidas, incluindo as nucleares, biológicas e químicas, só para citar alguns exemplos do espírito humanitário da administração norte-americana, mas nada disto é novo.
O que é novo e sumamente importante é que o império, malgrado as suas recentes e atabalhoadas manobras de charme, está a ficar cada vez mais isolado. A alternativa existe, e é o socialismo.
E Cuba resiste, como um símbolo.
A novidade não está na existência do projecto, uma iniciativa recorrente há vários anos, mas no facto de Washington não ter conseguido, desta vez, que um dos seus cães de fila lhe assumisse a paternidade, prestando-se a ser a voz do dono na reiterada tentativa de denegrir o regime cubano.
Esta derrota moral, que obriga os EUA a assumir publicamente o trabalho sujo que costuma impulsionar nos bastidores, permite acalentar a esperança de significativas mudanças na orientação da CDH no futuro próximo.
Para o facto terá contribuído a sucessão de escândalos impossíveis de ocultar envolvendo os EUA e os seus aliados, que puseram a nu a profunda hipocrisia reinante num organismo das Nações Unidas que por maioria de razões deveria estar acima de toda a suspeita.
Lembremos, por exemplo, o facto de no último ano a União Europeia – sempre pronta a ameaçar Cuba com sanções a pretexto dos direitos humanos – se ter recusado a apoiar um projecto visando investigar as sistemáticas e flagrantes violações dos direitos humanos cometidas contra os mais de 500 prisioneiros ilegalmente mantidos pelos EUA na base naval de Guantánamo, sem culpa formada e sem direito a defesa.
Lembremos os escândalos das torturas na prisão de Abu Ghraib, no Iraque, e nas suas congéneres no Afeganistão e em tantos outros países do mundo conhecidos pelas suas práticas de tortura, para onde a administração Bush exporta os prisioneiros a quem não reconhece sequer a condição humana.
Lembremos o plano Bush de «apoio à transição» de Cuba, aprovado em Maio de 2004, cujo objectivo declarado é o de «acelerar a mudança de regime» recorrendo a todos os meios possível, sem excluir os militares, e para o qual já foram disponibilizados 59 milhões de dólares adicionais para os próximos dois anos para o pagamento de mercenários ao serviço de Washington.
Podíamos também lembrar os cinco patriotas cubanos presos nos EUA; as guerras preventivas; o uso de todo o tipo de armas proibidas, incluindo as nucleares, biológicas e químicas, só para citar alguns exemplos do espírito humanitário da administração norte-americana, mas nada disto é novo.
O que é novo e sumamente importante é que o império, malgrado as suas recentes e atabalhoadas manobras de charme, está a ficar cada vez mais isolado. A alternativa existe, e é o socialismo.
E Cuba resiste, como um símbolo.