A Direcção da Organização Regional de Beja do PCP apoia a luta que os trabalhadores locais da Rodoviária do Alentejo têm vindo a travar. A luta iniciou-se em contestação às péssimas condições físicas e de higiene em que se encontrava o refeitório e, numa segunda fase, à ocupação e impedimento de acesso dos trabalhadores ao referido espaço. Para os comunistas, esta medida é ilegal porque «não foi criada alternativa para os trabalhadores tomarem as suas refeições diariamente», como aliás a Inspecção-Geral do Trabalho veio a confirmar. A DORBE salienta não analisar este problema apenas por este aspecto particular, «mas inserida numa realidade mais ampla de funcionamento da empresa, que tem como consequência a degradação progressiva da prestação do serviço público de transportes» no distrito: abandono de estações, o estado precário dos autocarros, atrasos acentuados, alteração de itinerários. «Esta é a realidade de um serviço público que foi privatizado, constituindo o exemplo fidedigno de que a motivação do lucro é, por vezes, incompatível com os interesses dos trabalhadores e da população utente», destaca o PCP.