Luísa Mesquita e João Lopes são os candidatos da CDU

Transformar Santarém

Luísa Mesquita, deputada do PCP na Assembleia da República, é a aposta da CDU para a Câmara Municipal de Santarém nas autárquicas de Outubro.

Uma pro­funda ava­li­ação do tra­balho re­a­li­zado

Além do nome de Luísa Mesquita, o mandatário da CDU para as eleições autárquicas em Santarém, Jaime Carvalho, apresentou, na Casa do Brasil, o candidato à Assembleia Municipal, João Luís Madeira Lopes, da Intervenção Democrática.
Sublinhando que os restantes candidatos aos diversos órgãos autárquicos serão apresentados no próximo mês, Luísa Mesquita garantiu que as escolhas da CDU resultam de «uma profunda avaliação do trabalho realizado» e da definição de objectivos.
A deputada do PCP volta a liderar a candidatura da CDU em Santarém depois de, nas eleições autárquicas de 1998, ter conseguido, pela primeira vez, o número de votos suficiente para a eleição de dois vereadores, retirando a maioria absoluta ao PS, que ficou com apenas quatro dos nove eleitos (os outros três são do PSD).
«Apresentamo-nos aos eleitores de Santarém não em nome de qualquer poder, mas como ilustres desconhecidos fazedores de ilusões, mas como homens e mulheres que amam e conhecem a sua terra e que, por isso, a querem transformar e fazer crescer», afirmou.
Assegurando que a CDU não se contenta «com a identificação das maleitas, dos erros cometidos, da visão política redutora», antes aposta na proposta de alternativa para o concelho, Luísa Mesquita afirmou que a eleição dos dois vereadores pela primeira vez à quatro anos «permitiu alguma intervenção na definição de políticas».
Contudo, pediu um reforço ainda maior da CDU na autarquia, para pôr em prática «as orientações definidas». «É esta capacidade de gestão integrada planificada, surda a pressões clientelares e de compadrio que tem faltado a Santarém», afirmou.

Je­ró­nimo de Sousa acusa Go­verno
«Sa­cri­fí­cios e pe­na­li­za­ções para os mesmos do cos­tume»

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou, sábado, em Santarém, o Governo socialista de não ter «coragem para atacar, ou pelo menos tocar, nos santuários intocáveis dos grandes senhores do dinheiro».
Jerónimo de Sousa, que encerrou o encontro distrital de Santarém da CDU, que reuniu centena e meia de militantes e independentes para preparação das autárquicas de Outubro, insurgiu-se contra a «bem encenada peça dramática para atacar o défice que visou desresponsabilizar o Governo dos seus compromissos eleitorais». Esta iniciativa contou com a participação de Francisco Madeira Lopes, deputado e membro do Conselho Nacional de «Os Verdes», e Corregedor da Fonseca, presidente da ID.
Criticando as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, José Sócrates, que classificou de «novos sacrifícios e penalizações para os mesmos do costume» e «repetição das receitas e soluções neo-liberais dos governos PSD/CDS-PP e PS de António Guterres», o secretário-geral do PCP disse não ver qualquer coragem em atingir «os que não têm capacidade reivindicativa».
«É possível aumentar e muito a receita fiscal promovendo, entre outras, a revisão drástica dos privilégios ilegítimos concedidos às zonas francas, nomeadamente às operações e instituições financeiras e às sociedades gestoras de participações sociais, tendo por meta a sua completa abolição», defendeu.
Jerónimo de Sousa apontou como outra medida alternativa às anunciadas a reforma dos impostos sobre o património, com a criação de um imposto geral sobre o património mobiliário e a tributação das operações de venda de títulos em bolsa, denunciando que, «aí, nesses interesses, o PS não tem coragem de mexer».

Mo­bi­li­zação dos tra­ba­lha­dores

O secretário-geral do PCP propôs, entre outras medidas para contenção da despesa, o fim do «laxismo nas dotações de despesas não essenciais, desnecessárias e injustificáveis, o combate à multiplicação de instituições e serviços públicos com funções sobrepostas, a rigorosa transparência na concessão de auxílios públicos a interesses privados, a restrição nas despesas nos gabinetes governamentais».
No seu entender, o caminho apontado pelo Governo PS «não é inevitável», pelo que apelou à mobilização dos trabalhadores, «em particular os trabalhadores da função pública», e das populações «para que respondam a esta nova e mais gravosa ofensiva contra os seus legítimos interesses e direitos».
Jerónimo de Sousa reafirmou ainda a sua oposição à realização do referendo ao Tratado da Constituição Europeia em simultâneo com as eleições autárquicas e ao clausulado da Constituição, apelando ao empenho na campanha do «não».
Pediu ainda uma «clara demarcação e pronta denúncia» às propostas de alteração do sistema eleitoral autárquico da autoria do PS e do PSD, «que impedem que seja o povo a eleger directamente as câmaras municipais, liquidando praticamente o funcionamento colegial e o pluralismo nos executivos municipais».
O secretário-geral do PCP pediu também «confiança, organização e coração ardente» para um reforço da CDU nas autárquicas de Outubro, advertindo que «não há batalhas ganhas ou perdidas antes de serem travadas».


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